Apae comemora 50 anos se reestruturando

Apae comemora 50 anos se reestruturando

Depois de passar por problemas financeiros nos últimos anos, Apae mira na organização para ampliar atendimento

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ribeirão Preto completa 50 anos no próximo dia 19, mas já recebeu convidados e parceiros em uma comemoração da data. A entidade, que presta atendimento de cerca de 400 pessoas, passou nos últimos anos por problemas financeiros, acumulando mais de R$ 5 milhões em dívidas, mas uma reestruturação está sendo realizada na entidade para que ela possa ampliar o número de pessoas atendidas.

Os pacientes são recebidos por profissionais especializados em fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, assistência social, neurologia, enfermagem, odontologia, nutrição e pedagogia, cujo ambulatório realiza quase 80 mil atendimentos ao ano, além de 50 mil refeições servidas para pacientes e acompanhantes.

O administrador de empresas e diretor financeiro da associação, Celso Fujioka, que assumiu o cargo há dois anos, justamente no momento mais crítico da história, quando apoiadores da Apae realizaram manifestações para sensibilizar a população sobre a situação que entidade atravessava, afirma que a associação está em um processo de organização.

Entre as ações tomadas para equacionar o fluxo de caixa e equilibrar as receitas e despesas estão o aumento da arrecadação privada através da realização de eventos com a participação de parceiros, o crescimento da base de contribuintes por telemarketing, a busca por novas fontes públicas através de projetos, viabilizando uma redução de custos e aumento da eficiência nas operações.

“Entendemos que uma vez alcançado o equilíbrio financeiro da instituição, passaremos a ter melhores condições de direcionar nossas energias para sua atividade principal, que é prestar serviços de qualidade para com seus 400 assistidos, abrir novas vagas, tudo para garantir a inclusão de pessoas com deficiência”, explica o diretor financeiro.

Fujioka tem um filho de 22 anos de idade que frequenta a associação desde os 9, com diagnóstico de autismo moderado. Por isso ele colocou em ação a experiência que possui na gestão de empresas para contornar as dificuldades pela qual a Apae vinha passando.

Ele afirma que houve um refinanciamento das dívidas a longo prazo e que o objetivo é tornar uma instituição sustentável aumentando a captação de recursos privados e públicos, que segundo ele leva a conquistas permanentes.

“Me senti na obrigação de abraçar essa causa. Também pesou na decisão o fato de o meu filho frequentar a instituição. É a vida dele. Não conseguia imaginar a Apae fechar suas portas e deixar mais de 400 famílias sem nenhum amparo, na sua grande maioria de origem humilde”, lembra o administrador.

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Fotos: divulgação

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