Baterista da região faz tour pela Europa
Luiz Eduardo do Nascimento saiu de Serrana para tocar bateria na Europa, depois de show em coletivo cultural
Em um dia você está dando aulas de música em um coletivo cultural em Serrana. A pretensão de fazer um turnê internacional com um músico norte-americano não existe. Até que toca o telefone. De repente, Alemanha, França e República Tcheca tornam-se carimbos em seu passaporte.
Não. Não é sonho, muito menos roteiro de filme. Foi o que aconteceu com o baterista Luiz Eduardo do Nascimento Fernandes que em outubro e novembro se juntou ao roqueiro nascido em Nova York, mas radicado na Alemanha, Lord Bishop, para apresentações no Brasil e Europa, isso depois de um show de Bishop no Centro de Cultura e Ativismo Caipira (Cecac), em Serrana.
“Primeiro fiz uma participação especial em um show no Cecac, quando recebi o convite do cantor americano Lord Bishop Rocks para tocarmos juntos uma música. No mesmo dia recebi o convite para participar da turnê do cantor pelo Brasil, que começaria já no dia seguinte”, conta Luiz Eduardo, que também é conhecido por Duda.
Depois disso, foram duas semanas tocando em diversos cantos do País. O guitarrista norte-americano gostou tanto da batida na batera de Duda, que dois dias depois fez outro convite para o brasileiro, e agora, literalmente para voos mais altos: um tour pela Europa.
Alemanha, Holanda, Suíça, República Tcheca, Áustria, Polônia, França, Eslovênia, Hungria e Eslováquia foram os países pelo qual o baterista passou. “E assim como um sonho, minha vida se transformou”, declara Duda, que conta que começou a participar das aulas de música no coletivo motivado pela vontade de tocar música, fazer intercâmbio, vivenciar e trocar experiências.
Invasão estrangeira em Serrana
Além de Lord Bishop, neste ano, o coletivo serranense já contou com a presença de artistas de vários cantos do mundo, como República Tcheca, Alemanha - como o grupo Clarck Nova, que se apresentou neste mês de dezembro, em evento contra o deputado Eduardo Cunha – e da Itália, como a banda Los Fastidios, que tem bastante destaque na Europa.
Para Luiz Eduardo, essa convivência com os artistas estrangeiros ajuda na formação pessoal e musical dele, além de interferir nas aulas com as crianças e jovens que participam das aulas de músicas que ele ministra.
“De forma natural, consegui ter mais contato com o meu instrumento e me aplicando mais a fim de passar esses conhecimentos a outras pessoas de forma orgânica, a partir desse intercambio de bandas, vivências, projetos de todo o Brasil e mundo quebramos muros e barreiras, no qual o professor é aluno e aluno é professor. Sempre trocando experiências e indo muito mais além do ser músico”, completa o baterista.
Foto: Arquivo Pessoal
