Caco Barcellos bate papo com o público da Feira do Livro

Caco Barcellos bate papo com o público da Feira do Livro

O evento aconteceu na sexta-feira, 18 de agosto, no Pedro II

O jornalista Caco Barcellos participou de uma conferência na noite desta sexta-feira, 18, no auditório do Theatro Pedro II pela Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto.

 

Intermediada pelo também jornalista Guilherme Nali, o bate papo durou mais de uma hora e contou com a presença de estudantes e do público em geral.



 

O jornalista do Profissão Repórter iniciou o bate-papo falando sobre como a revolução digital impactou seu trabalho. "Se você parar para refletir, com as redes sociais, todo mundo é concorrente nosso. Um super profissional pode ser um concorrente, o político não passa mais pelo filtro da imprensa, os artistas, jogadores de futebol… É quase impossível você entrevistar o Neymar, por exemplo, porque ele tem a assessoria dele que pauta a imprensa com o que ele quer", comentou o repórter.



 

Outro assunto importante abordado foi a necessidade do jornalismo de opinião, que é essencial para que o público reflita e multiplique ideias. Na visão de Caco, a sociedade vive uma carência desse tipo informação para a reflexão e a formação de opinião. Além disso, durante a conversa os jornalistas abordaram as diferenças entre os estilos e gêneros de reportagens, explicando de forma simples para que o público, que não é da área, entendesse um pouco do universo jornalístico.



 

Caco também explicitou que hoje, com seu programa, não frequenta os corredores do poder, não ouve autoridades nem políticos, tão pouco a área econômica. "Frequentamos, sim, a acadêmia de conhecimento, de pesquisa. Sempre trabalhamos e vamos estudar para ter o contexto da história que nós vamos contar. Vamos ouvir o especialista, o cientista.", disse ele que explicou que o não produzir hard news, o jornalismo diário, é uma forma de mostrar as histórias de forma mais densas que este jornalismo não consegue por precisar ser mais rápido ao dar as notícias.



 

As histórias contadas pelo Profissão Repórter são temas sempre sensíveis e, questionado sobre a ética de não ultrapassar esses limites, Caco disse que a ética está no ser humano e não na profissão em si. "Não vejo grandes dificuldades nessa questão da ética, porque não é o equipamento que é ético ou não é ético é você quem é ético ou não. Se você tem uma conduta legal com suas virtudes, você vai usar isso no seu trabalho. O que vale no jornalismo é o que vale para a vida simplória", além de comentar que não é possível combater as redes sociais na produção de conteúdo jornalístico nas redes sociais. 



 

Caco finalizou dizendo que gosta de participar de feiras, como a Feira do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, ainda mais quando o encontro é presencial, pois é uma oportunidade de transmitir conhecimento para pessoas interessadas, sendo elas estudantes ou admiradores da profissão. 

 


Foto: Luan Porto

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