Casa da Memória Italiana promove a 2ª exposição de arte contemporânea
A mostra propõe e reforça a ideia das parcerias e os desafios de trabalhar em duplas

Casa da Memória Italiana promove a 2ª exposição de arte contemporânea

Mostra será inaugurada nesta quinta-feira, 18, às 19h, e ficará exposta até o dia 15 de dezembro

A 2ª Exposição de Arte Contemporânea da Casa da Memória Italiana – museu localizado no centro de Ribeirão Preto – tem início nesta quinta-feira, 18, às 19h.

A mostra, que é idealizada pela curadora Yolanda Cipriano e pelo artista Élcio Miazaki, propõe e reforça a ideia das parcerias e os desafios de trabalhar em duplas. Os projetos foram criados a partir de questões que permeiam a história da antiga residência das famílias Meirelles e Biagi, sede da instituição.

"Com a curadoria em conjunto, reforçamos e defendemos a ideia das parcerias. O artista também não faz nada sozinho, ele é o resultado das trocas com os outros. Trabalhamos – Yolanda e eu – de forma a valer de fato a expressão 'exposição coletiva', onde procuramos uma adequação e equilíbrio para além dos projetos das quatro duplas", explica Élcio Miazaki.

Com o objetivo de construir e reforçar a ligação entre os participantes da mostra, os artistas escolheram pessoas que possuem algum tipo de relacionamento, ou seja, são amigos, irmãs, colegas de profissão, pai e filho, para ajudarem no projeto. Serão quatro duplas formadas por artistas visuais e profissionais de outras áreas.

“Reunir essa turma é um laboratório de emoções e de novos caminhos de convivência, partindo da ideia que a Arte Contemporânea, cada vez mais, faz parte das nossas vidas. Por isso o convite para que profissionais de outras áreas participem do processo artístico, sem desconsiderar o vínculo pré-existente. É também valoroso os laços criados com a própria Casa, seus antigos moradores e com a atual equipe”, acrescenta Yolanda Cipriano.

A arquiteta Ana Ferraz, que tem uma produção artística desde os anos 1990, se une à irmã Fer Machado, designer de acessórios, para ocupar um dos quartos da Casa, referenciando a história das irmãs que nela viveram. 

Já Antonio Baldini, que atua há 65 anos como carpinteiro, e o filho Rogério Baldini, artista visual com formação técnica em Museologia, vão construir, em escala real, a estrutura em madeira de parte do telhado, algo inacessível à visão dos visitantes, e que reforça o laço entre eles.

Os instrumentistas Bruno Gold e Nelinha Paterno vão criar um trabalho voltado para a memória musical da antiga residência familiar e o foco atual do Instituto acerca do patrimônio imaterial da cultura e da imigração italiana em Ribeirão Preto.

Por fim, João Galera, artista visual com doutorado em antropologia e residente em São Paulo, convidou o cientista social e doutorando em sociologia Luiz Hemi, para intervir na fachada da Casa da Memória Italiana, abordando o problema da especulação imobiliária como fator importante para a demolição da memória coletiva nas cidades.

“As exposições temporárias, mais especificamente de arte contemporânea, promovem importantes discussões e leituras interpretativas no ambiente do Museu Casa. Essa riqueza de reflexões é fundamental para repensarmos sobre o patrimônio e as histórias por meio de vários sentidos, como sonoro. Um dos projetos é o da dupla de instrumentista Bruno Gold e Nelinha Paterno que trabalham nesse percurso, tratando sobre a memória musical da antiga residência e narrativas sobre a imigração", explica a gestora executiva do local, Alice Registro.

Serviço
Quando: De 18 de outubro, às 19h, a 15 de dezembro. Quintas e sextas-feiras, às 15h e às 16h, e sábados às 10h.
Onde: Casa da Memória Italiana (Rua Tibiriçá, 776 - Ribeirão Preto).
Quanto: Entrada gratuita

 


Foto: Divulgação

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