Rap de Thaíde e Raimundos fecham a Virada Cultural em RP

Rap de Thaíde e Raimundos fecham a Virada Cultural em RP

Tanto o rapper quanto os roqueiros reforçaram os laços com a cidade e apontaram o afeto e as cervejas como ligação entre artista e público

Com chuva, e bom público, Thaíde, Blubell e Raimundos completaram a programação da Virada Cultural Paulista, em Ribeirão Preto, neste domingo, 29. Thaíde, com muita influência do funk tradicional, tratou de levar as raízes do hip-hop ao palco, já a banda brasiliense apostou em muito barulho.

Previsto para começar às 15h30, o show do rapper Thaíde, que também apresenta o programa A Liga, na Band, teve que atrasar um pouco devido ao baixo público no Morro de São Bento, no início da tarde deste domingo, muito em razão da chuva que caia em Ribeirão Preto.

Mas logo que começou a chegar gente, o rapper não decepcionou e, junto com a banda de apoio, teve motivos para comemorar o tempo, também inspirado em uma das principais músicas dele, Sr. Tempo Bom.

“Vamos aproveitar que deu estiada no tempo e fazer ele ficar bom”, proclamou Thaíde, que pareceu estar bem afinado com os fãs, que o acompanharam na maior parte da apresentação. “A primeira vez que vim a Ribeirão foi em 1989. Cheguei de madrugada, a cidade estava dormindo, mas cheguei no lugar que fui tocar e estava lotado, é inesquecível. E toda vez que venho o público recepciona muito bem e sabe todas letras de cor. Isso é  muito especial”, disse Thaíde ao Portal Revide no fim do show.

O rapper ribeirãopretano, e fã de Thaíde, Deivis Fernandes, fez parte da fila de fãs do veterano do rap nacional na porta do camarim para tirar uma foto e não se decepcionou, o que reforçou a imagem de exemplo de ser humano, que Thaíde é para ele.

“Eu sou suspeito para falar dele. O que sou hoje é devido a ele. Desde criança escutando essas letras. Thaíde sempre tem que esperar coisa boa. Ele representa a essência do hip-hop”, contou Deivis.

Em seguida à apresentação do rapper, foi a vez da cantora Blubell subir ao palco e levar um repertório de canções da Madonna, que ganhou diversas releituras, desde as que respeitassem as músicas como foram gravadas originalmente, mas também com ska. “Nós levamos a madona para conhecer a Jamaica”, disse Bluebell, antes de entoar um dos hinos da diva do pop, Like a Virgin.

Mas o público que lotou no fim da tarde o entorno do palco do Morro de São Bento estava preparado para ver Raimundos, que também mostrou muita intimidade com os ribeirãopretanos e apostaram em um som cada vez mais pesado do que os fãs estão acostumados.

“Estamos ficando mais velhos, então a banda perde velocidade e ganha peso”, brincou o baixista do grupo, Canisso, “É a energia do som. Nós encontramos o caminho que agrada o pessoal da banda, que é uma coisa mais grave mesmo. É a busca do ‘ran can can’ perfeito”, explicou.

Já sobre a assiduidade do grupo em Ribeirão Preto, Canisso conta que é em razão da “cena” de rock bem forte na cidade, além das boas cervejas encontradas por aqui. “Uma tradição de ter boas cervejas pode ser um fator que nos atrai. Onde tem cerveja boa, tem galera feliz, e onde tem galera feliz tem rock and roll. E a nossa história em Ribeirão remonta aos primeiros shows, desde 1994, e sempre é uma satisfação, em todos os aspectos”, completou.


Foto: Walmir Guerra

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