Espetáculo Rainhas do Orinoco é opção para o final de semana em Ribeirão
Espetáculo Rainhas do Orinoco é opção para o final de semana em Ribeirão

Espetáculo Rainhas do Orinoco é opção para o final de semana em Ribeirão

Protagonizado por Walderez de Barros com direção de Gabriel Villela, peça é apresentada neste final de semana no Theatro Pedro II

Sucesso na temporada paulistana, o aclamado espetáculo Rainhas do Orinoco chega a Ribeirão Preto pelo projeto Vivo EnCena, com apresentações nos dias 23 e 24 de julho, no Theatro Pedro II. Comédia do mexicano Emilio Carballido com tradução de Hugo de Villavicenzio, o espetáculo é recheado de canções latino-americanas e traz também no elenco a atriz Luciana Carnieli e o ator e musicista Dagoberto Feliz.

Mina (Walderez de Barros) e Fifi (Luciana Carnieli) são duas atrizes de teatro musical que ganham a vida com shows pela América Latina. Viajando em um barco pelo rio Orinoco, cantam e representam seus amores e seus sonhos em uma aventura repleta de lirismo, canções, drama e bom humor. A encenação foi construída a partir da estética do circo–teatro, tal qual ele existiu no Brasil até meados dos anos 60, que teve seu auge com Vicente Clestino, Gilda de Abreu, Tonico e Tinoco, José Fortuna, Circo Arethusa, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Oscarito, com os grandes circos e grandes melodramas.

“Este espetáculo é o irmão ingênuo, formoso, brincalhão da minha montagem de Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu, de Soffredini, em 1990, e que foi um momento em que a arte popular acabou nos dando a matéria prima para a configuração de um teatro mais brasileiro, do interior do Brasil profundo. Carballido teve a sabedoria de fazer uma grande comédia”, comenta o diretor Gabriel Villela. A peça é um depoimento humanista de alguém que enxerga através da comédia e do melodrama a existência de dois seres humanos desprotegidos na carne e nos grotões da America Latina. “Colocamos em cena esse texto usando a linguagem estética do circo-teatro”, revela.

Para viabilizar o espetáculo, Gabriel conta com parceiros especiais. Os diretores assistentes Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo estão juntos com Gabriel desde o primeiro ensaio. A direção musical, preparação vocal, arranjos vocais e a partitura dos textos coube à mineira Babaya, que já fez 29 espetáculos com o diretor, enquanto os arranjos instrumentais foram elaborados pelo musicista, diretor e ator Dagoberto Feliz. Os figurinos com cores, texturas e caimentos inspirados em toda a América Latina são de Gabriel Villela. A cenografia de William Pereira remete a um pequeno picadeiro em formato de barco com telões naif reproduzindo a fauna e a flora de uma floresta equatorial. A iluminação é de Caetano Vilela e os adereços e objetos de cena foram confeccionados em sua maioria por Shicó do Mamulengo. A direção de produção é de Cláudio Fontana.

Teatro e música

Ainda segundo Villela, a música tocada e cantada ao vivo pelos atores é um elemento fundamental nesta montagem. A peça de Carballido foi escrita como teatro musicado. Nesta montagem, as esquetes, os entreatos trarão canções diferentes das sugeridas pelo autor no texto original. A base da pesquisa são canções da América Latina cantadas na voz de Cascatinha e Inhana.

Após a sessão do dia 23 de julho, haverá também um bate-papo da série “Encontros Vivo EnCena”, com a participação do elenco do espetáculo e Expedito Araujo, curador do projeto. Além da proximidade com os artistas, o encontro permite aos participantes conhecer e compartilhar histórias inspiradoras e ideias transformadoras para a cultura brasileira. 


Foto: Divulgação

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