Extinção do Ministério da Cultura poderá afetar Ribeirão Preto
Com a junção do Ministério da Cultura ao da Educação, não se sabe ainda quais projetos serão mantidos no município
O presidente interino, Michel Temer, já oficializou uma nova reforma ministerial em seu governo, como a redução de 32 para 23 o número de ministérios. Entre a extinção de algumas pastas, está o da Cultura, que passou a se unir ao de Educação. Com isso, o fato preocupou a Secretaria de Cultura de Ribeirão Preto.
É a primeira vez desde o governo ditatorial de Geisel que o Brasil fica sem uma pasta exclusiva para a Cultura.
Com a notícia, a Secretária Municipal de Cultura, Dulce Neves, precisou tomar atitudes em relação à extinção do Ministério da Cultura. “A situação soa como um alerta, porém encaminhei hoje (sexta-feira, 13) um ofício ao novo ministro Mendonça Filho, solicitando a continuidade dos programas e projetos da Secretaria Municipal da Cultura de Ribeirão Preto”, afirma.
Dulce comenta ainda em seu post na rede social, Facebook, que deseja que o Presidente em exercício, Michel Temer, possa dar o melhor de si nessa gestão. “O Ministério da Cultura não pode ser extinto, pois ele caminha com as próprias ‘pernas’. Não atrasa a evolução, mas sim está à frente, com a criação de políticas públicas que norteiam ações culturais nos estados e municípios de todo país”, acrescenta.
Projetos
A Secretária esclarece também que atualmente Ribeirão Preto é contemplado com o Ponto de Cultura, que é a ação prioritária do Programa Cultura Viva e articula todas as demais ações do programa.
Atualmente, são mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país e quatro deles, por meio de parceria com o Governo Estadual, estão em Ribeirão Preto.
Entre os projetos contemplados no município, Dulce diz que são muitos, como os sistemas de museus, agentes de leitura, fomento ao teatro e vigência do convênio do CEU das artes, entre outros.
“O Ministério da Cultura e as políticas culturais são conquistas da população e devem ser mantidos”, destaca.
Incógnita
Depois da decisão do presidente interino, Michel Temer, em unir o Ministério da Cultura (MinC) ao da Educação, o fato também causou incógnita na Secretaria de Ribeirão Preto.
“Nós ainda não sabemos quais projetos serão mantidos com a junção dos Ministérios, o que nos causou uma grande incógnita se tudo vai continuar da mesma forma”, diz.
Ela acrescenta ainda que as duas pastas devem trabalhar em parceria, e não em submissão uma da outra.
Foto: Arquivo Revide
