Flor de Aguapé leva Choro cantado à terra do Tango
Flor de Aguapé leva Choro cantado à terra do Tango

Flor de Aguapé leva Choro cantado à terra do Tango

Quarteto de Ribeirão Preto fará tour em Buenos Aires, na Argentina, em julho; Turnê estreita laços culturais entre argentinos e brasileiros que batalham pela difusão do Choro

A Argentina é o berço do Tango e há muito tempo isso já não é novidade pra ninguém. Mesmo assim, no universo musical, há coisas acontecendo que podem surpreender aos ouvintes. Como pode ser considerada a criação do Club de Choro de Buenos Aires, em 2008.

Encontro mensal do Club de Choro no Café Rivas, em Buenos Aires | Foto: Diana RebuffoO clube é um coletivo formado por músicos argentinos com o objetivo de tocar, estudar, compor e difundir o gênero brasileiro na terra de Mercedes Sosa, Astor Piazzolla e Carlos Gardel, cantor de tangos argentinos que, embora tenha nascido na França, consolidou sua carreira em terras portenhas.

“Aqui em Buenos Aires e em outras cidades da Argentina tem muita gente que gosta do Choro (a maioria deles músicos) e em 2008 começamos a fazer umas rodas de Choros e a ideia de criar o clube foi uma forma de dar um nome para esse grupo de gente que vinha tocando nas rodas”, explica o músico Gustavo Javier Arroyo, um dos integrantes e idealizadores do Club de Choro de Buenos Aires.

Arroyo foi aluno de pós-graduação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) no final dos anos 1990, quando conheceu o Choro de Pixinguinha, Altamiro Carrilho, e outros.

Turnê argentina

À convite do Club de Choro de Buenos Aires, o grupo ribeirãopretano Flor de Aguapé se apresentará em Buenos Aires entre os dias 12 e 24 de julho. Na agenda, o quarteto já tem nove shows confirmados.

A turnê faz parte do trabalho de divulgação do gênero que, desde 2012, é desenvolvido pelo grupo. “Passar pela Argentina é uma alegria muito grande. Essa troca cultural vai ser muito enriquecedora pra gente e esperamos muito voltar depois e continuar a trabalhar com nossos vizinhos”, destaca Leonardo Freitas,pianista do grupo.

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Reconhecimento internacional

Na opinião do pianista do Flor de Aguapé, a cultura brasileira é admirada, de uma forma geral, em diversas partes do mundo e como o Choro é considerado o gênero raiz da música brasileira, ele ganha destaque dentre os quem procuram conhecimento sobre a cultura popular brasileira.

“O Choro é uma linguagem muito desenvolvida e exige um preparo grande de quem a executa, acho que isso também atrai muito a atenção das pessoas. No caso da América do Sul, acho que temos todos uma história parecida, uma mistura da cultura dos povos tradicionais, de escravos e do colonizador. Nossa música é muito libertadora e deveríamos nos conhecer muito mais, valorizar muito mais e encontrar uma identidade entre nós, só assim vamos conseguir que as pessoas reconheçam o valor da nossa cultura”, afirma o músico.

Contribuição

Vários são os gastos envolvidos para a realização de uma turnê que vão muito além de simplesmente subir ao palco e tocar. Há a pré-produção, que inclui conseguir parceiros, investidores e patrocinadores para a realização da viagem. “Estamos em fase de pré-produção e procurando novos patrocinadores. Ainda precisamos de pessoas e empresas que se interessem em participar e contribuir pra divulgar a nossa cultura junto com o grupo, temos um projeto com todas as propostas de contrapartida para patrocínio, como divulgação das marcas na Argentina e a criação de um minidocumentário sobre a turnê onde também exibiremos os patrocinadores”, destaca o músico.


Foto: Divulgação

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