Grupo se junta em prol de economia solidária
Entidades realizam feiras de maneira colaborativa para fomentar economia local; neste sábado, 19, tem a primeira edição da FeiraCidade na antiga Cerâmica São Luíz
Da união de forças entre empreendedores ribeirãopretanos, um movimento brotou e cresce nos campos inférteis da atual economia brasileira. Com o mercado de trabalho apresentando uma conjuntura considerada por muitos como hostil – incluindo na análise o alto índice de desemprego registrado no final de 2015 – , economistas acreditam que surgirão, cada vez mais, profissionais investindo em seus próprios negócios.
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Em Ribeirão Preto, um grupo formado por diversos empresários está mudando a forma de empreender e conceber o mercado de trabalho, tido como competitivo, e pretende, por meio da embrionária Economia Solidária, tornar este mercado cooperativo. “Visamos os hábitos de consumo para que seja feito de maneira consciente e esta mudança é um ato revolucionário que está relacionado à economia solidária. Vemos como o primeiro passo para, de fato, mudar alguma coisa”, explica Vinícius Iozzi, representante do Fórum Municipal de Economia Solidária e do SOMA, dois dos grupos envolvidos no movimento
A SOMA Colaborativa é um grupo criado para a articulação da Economia Solidária que surgiu no final de 2015, da união de empreendedores que já trabalhavam em parceria na realização da Feira Artesanal do Irajá com o intuito de expandir as atividades com a realização da FeiraCidade, que acontecerá neste sábado, 19, à partir das 11 horas. “O SOMA é a união de empreendimentos com o intuito de abrir caminho para os microempreendedores que talvez não tenham como sustentar uma loja física por estarem no início das atividades e a FeiraCidade vem para disponibilizar este espaço para que tenham um contato com o público”, destaca Conrado Brasão, da Brasão Gastronomia e representante do SOMA Colaborativa.
Economia e mercado
Bruno Nunes e Mariana Tralback formam um casal de designers que realizam trabalhos relacionados ao design gráfico, decoração e produtos. Ambos integrantes do Soma, eles participam da Feira Artesanal do Irajá e participarão do FeiraCidade. “A feira de dezembro teve um fluxo muito bom e teve um retorno muito bacana para os expositores. Não só monetariamente, mas, pela oportunidade de conhecer novas pessoas e novos trabalhos”, destaca Nunes.
“Todas as feiras que participamos tem sido uma experiência bacana. Outro ponto interessante é ter o contato direto com o público sobre o seu produto. A feira também é uma maneira do empreendedor saber se o seu produto vai funcionar ou não”, completa Mariana.
Espaço Horizontal
Além dos expositores de diversos segmentos, as feiras abrem espaço para as manifestações culturais e também ecológicas. Durante os eventos o público conta com apresentações teatrais, circenses e local para descarte de lixo eletrônico e reutilização de óleo. “Os artistas que se apresentam nas feiras são pagos com uma taxa que é arrecadada dos expositores”, destaca Brasão
Patrimônio Histórico
A FeiraCidade será realizada na antiga Cerâmica São Luiz. Localizado na marginal da Via Norte o espaço passou anos abandonado e foi novamente ocupado em fevereiro do ano passado pela Ong Vivacidade com o projeto de implantação do Centro de Documentação e Educação Patrimonial (CEDEP).
“Em Ribeirão Preto essa área de patrimônios históricos tombados é esquecida e sofre com a ação do tempo. Aqui na ONG, desde que assumimos a diretoria, tentamos reformar o espaço para que seja utilizado como um centro cultural e a ideia do Vivacidade é trazer grupos para ocupar o espaço”, diz Renato Vital, presidente da ONG Vivacidade.
Fotos: Bruno Silva | Divulgação | Julio Sian
