Jovem de Ribeirão Preto ganha destaque no rock nacional e projeta novos lançamentos

Jovem de Ribeirão Preto ganha destaque no rock nacional e projeta novos lançamentos

Talento do rock nacional, o ribeirão-pretano Pedro Vitor, de 18 anos, aposta na versatilidade para crescer na música

Com apenas 18 anos, o ribeirão-pretano Pedro Vitor – mais conhecido com PV – já acumula uma trajetória sólida na música. Multi-instrumentista, ele começou sua carreira artística ainda na infância, conciliando o universo musical com trabalhos como modelo e garoto-propaganda. “Aos 6 anos eu já fazia testes para as novelas do SBT, e ser músico era um diferencial. Quanto mais completo o artista, mais chances de conseguir uma oportunidade, então eu me dedicava às aulas de interpretação para TV e cinema e à música na mesma intensidade”, relembra.
 

Seu interesse pela música surgiu cedo e, aos 6 anos, já iniciava aulas de bateria e violão. “Sempre gostei de música e de instrumentos, é uma característica minha. Na escola de música, para chegar à sala de bateria, passava por outras salas antes e entrava em todas, brincando com todos os instrumentos. Foi onde minha mãe decidiu me colocar também no violão”, explica. Com o tempo, a música se tornou essencial para Pedro. “Comecei cedo justamente para me preparar como artista. Hoje, a música tomou uma proporção muito grande na minha vida e não consigo mais sair dela”, afirma.
 

Embora tenha iniciado nos primeiros anos com bateria e violão, foi a guitarra que se tornou seu instrumento principal. “Aos 10 anos, comecei um curso de prática em conjunto no projeto Tocando e Encantando, e a vaga disponível era para guitarrista. Foi onde comecei a focar na guitarra, um instrumento que exige outros complementos, como caixa amplificada, pedais de efeitos e transmissor sem fio. Aos poucos, fui conquistando meus equipamentos e hoje tenho tudo o que preciso para atuar como guitarrista”, diz PV.
 

A dedicação à música o levou a vencer concursos de bandas em Ribeirão Preto e participar de festivais de grande porte, como o Summer Breeze Brasil e o Rock in Rio Lisboa. “Aos 15 anos montei uma banda com amigos da escola. Eu era o único que entendia de música, e gostei tanto da experiência que levei muito a sério. Convidei um baixista e um baterista mais experientes para participarem e, em pouco tempo, já estávamos fazendo nosso primeiro show e ganhando concursos seguidos. Foi assim que adquiri experiência de palco e me tornei aluno referência em uma escola de rock. Foi através dessa escola que tive a oportunidade de tocar no Rock in Rio Lisboa. Foi uma experiência sensacional que jamais esquecerei. Além de me apresentar, assisti a grandes shows e fiquei impressionado com a estrutura do evento”, comenta.
 

Em São Paulo, Pedro teve a oportunidade de gravar seu primeiro single, “Pra Onde Vou”, no renomado estúdio Midas, sob a produção de Sérgio Fouad e Rick Bonadio. “Foi um presente na minha vida. Eu sequer sonhava com essa possibilidade. Tudo aconteceu quando fui para São Paulo fazer um curso de produção musical com o Rick Bonadio. Para aproveitar a viagem, fiz também um curso de canto e performance. Na ocasião, gravamos um cover do Metallica, e dias depois fui convidado para gravar uma música. Aceitei sem pensar duas vezes”, explica o músico.
 

A escolha da música veio por meio dos produtores, que apresentaram diferentes composições. “'Pra Onde Vou' foi composta pelo Rafael Bola, vocalista da banda Zimbra. Aprovei de imediato, pois me identifiquei demais com a letra. Apesar de ser minha primeira gravação, senti que estava sendo muito bem direcionado. O projeto fluiu tranquilamente. Além do vocal, gravei a guitarra, o Serginho Fouad gravou a segunda guitarra e o baixo, e, para minha alegria, o próprio Rick Bonadio gravou a bateria”, conta PV.
 

O single tem sido bem recebido pelo público. “É uma música muito forte e bem-produzida. Estou impressionado com os 12 mil streamings no Spotify em apenas dois meses de lançamento. Mas entendo que está longe de ser um hit de sucesso nesse momento. Infelizmente, grande parte do público consome músicas com letras inapropriadas, tornando-as hits. Mas o rock nacional tem seu público fiel. Assim que eu ficar mais conhecido como cantor, os resultados serão melhores. Tudo é uma questão de tempo e dedicação”, relata o músico entusiasmado.
 

Além da carreira musical, Pedro também trabalha nos bastidores. Ele atua como técnico de som, operador de áudio e, recentemente, se tornou locutor da rádio Kiss FM. “Sempre gostei dessa parte técnica. Com 15 anos, eu ensaiava minha própria banda com meu próprio equipamento e aprendi o básico sozinho. Aos 17, concluí um curso de técnico de áudio e já estou no terceiro módulo de produção musical. Acho muito importante o artista ter um certo conhecimento técnico. No meu caso, consigo detectar problemas rapidamente e ajudar a solucionar de cima do palco mesmo”, explica o jovem.
 

Na rádio, PV enxerga uma oportunidade de crescimento. “Me formei em radialismo aos 17 anos pelo Senac, mas não estava em meus planos ser locutor nesse momento. O convite veio através do empresário Rica Todeschini, responsável pela Kiss FM Ribeirão Preto. Aceitei de imediato e tem sido gratificante para mim. Passei a ouvir músicas que não conhecia e a entender melhor a trajetória de muitas bandas. Muitos ouvintes pedem para eu tocar minha própria música, e isso é muito gratificante”, comenta o músico, que não esconde sua alegria.


PLANOS FUTUROS

 

REVIDE: Você já tem planos para novos lançamentos? Podemos esperar um álbum ou EP em breve?

Pedro Vitor: Com certeza! Já estou pensando em lançar meu próximo single. A intenção é lançar um EP. A maior dificuldade tem sido a escolha da letra, já que ainda não sou compositor. Dependo dos meus produtores fazerem uma seleção para eu escolher. É importante que eu grave o segundo single o mais rápido possível.


Com tantas habilidades musicais e técnicas, você pretende seguir uma carreira mais voltada para os palcos ou para a produção musical nos bastidores?

Ser artista é um grande desafio. Tem que persistir e investir muito para dar certo. Não pretendo desistir, mas preciso ficar com os dois pés no chão. Acabei de completar 18 anos e o peso da responsabilidade financeira chegou. Atuar na parte técnica já me traz bons resultados e a tendência é melhorar, pois estou em processo contínuo de aprendizado. Pretendo seguir o exemplo dos meus mentores, que são tanto do palco quanto da parte técnica. Por sorte, gosto dos dois e vai dar para unir o útil ao agradável sempre.


Qual é o seu maior sonho na música? Algum festival, parceria ou projeto que deseja realizar no futuro?
 

Meu maior sonho nesse momento é ter a oportunidade de me apresentar no João Rock. Como ribeirão-pretano, tocar em um dos maiores festivais de rock do país na minha cidade deve ser muito emocionante. Enquanto não lanço minha segunda música, estou trabalhando em um projeto anos 80. Em breve, vou começar a anunciar os shows nas redes sociais.
 

Onde ouvir a música?

A música do PV está disponível no Spotify. Confira clicando aqui. Acompanhe o trabalho do PV no Instagram @pv_pedrovitor e também no TikTok.


Foto: arquivo pessoal

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