Marcha da Maconha 2017 movimenta Ribeirão Preto neste sábado, 27

Marcha da Maconha 2017 movimenta Ribeirão Preto neste sábado, 27

Cerca de 500 participantes são estimados pela organização do evento

A Marcha da Maconha 2017, evento que acontece em diversas cidades do Brasil, também movimenta Ribeirão Preto na tarde deste sábado, 27. Em sua terceira edição no município, a organização estima o público em aproximadamente 500 pessoas, em um trajeto que começou na Esplanada do Theatro Pedro II e seguiu até o Morro do São  Bento 

Segundo um dos organizadores, Lucas Samara, a  Marcha luta pela legalização total de uso, comércio e plantio da Cannabis. "E não só isso, também buscamos o fim de uma guerra, a diminuição do poder do crime organizado, o direito dos usuários medicinais e também recreativos. Acreditamos que essas demandas não mudam com o tempo, a luta é a mesma, constante", ressalta a organização do evento.

Muitos na Marcha lutam pela legalização do uso da erva, contudo, não é o caso do pedreiro Jurandir Fernando de Almeida. O filho de Jurandir, Djhuam, de apenas 3 anos, tem esclerose múltipla e sofre com crises epiléticas. A reivindicação do pedreiro é para que o governo facilite o uso medicinal do canabidiol. "Eu tenho a receita, mas não tenho onde comprar o remédio. Se eu pudesse ao menos plantar em casa, poderia fazer o óleo para ele. Eu só quero que o governo tire isso das mãos dos traficantes e coloque na de quem precisa", protesta Jurandir. 

O estudante Jose Guilherme foi acompanhado da mãe, Thais Medeiros, para a Marcha. "Acredito que este é o caminho, lutar pela conscientização e quebra de tabus que existem sobre a maconha. A melhor maneira de reverter esse cenário é com a conscientização da população". 

Mas nem todos que estavam no Centro de Ribeirão eram a favor à Marcha e da Legalização. A aposentada Carolina Martins se diz contra "A vida é muito mais bonita para quem não usa nada disso". Já o taxista Rogério Gafo tem uma visão diferente. "Eu sou contra o uso em espaços públicos, sabe? Perto de criança e mulheres grávidas. Acho que em casa cada um devia ter o direito de fazer o que bem entender." 


Fotos: Paulo Apolinário

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