Músicos revivem a época de ouro do Chorinho em Ribeirão Preto
Músicos revivem a época de ouro do Chorinho em Ribeirão Preto

Músicos revivem a época de ouro do Chorinho em Ribeirão Preto

Estudo realizado por músicos ribeirãopretanos revela riqueza de composições de Choro na cidade

As noites de serestas e da era de ouro do rádio em Ribeirão Preto já foram embaladas por canções de compositores locais de Choro como Horvildes Simões, Belmácio Pousa Godinho, Edinho Penha, Armando Bento Araújo e José Augusto do Acordeon – os dois últimos vivos e com residência na cidade.

Muitos anos depois, em 2016, integrantes do projeto Choro da Casa decidiram se dedicar ao estudo de peças compostas por estes compositores. Deste estudo, uma série de shows foi realizada no Theatro Pedro II para que os ribeirãopretanos pudessem conhecer as obras. “Muito gratificante trabalhar com Choro aqui na cidade. Nosso principal trabalho é despertar as pessoas para a nossa mais autentica musica brasileira”, destaca o músico Alexandre Gonçalves Peres, que junto de colegas integra o projeto Choro da Casa.

Projetos

O músico anuncia que neste ano o grupo estará mais ativo com as atividades desenvolvidas pelo projeto, com iniciativas como o “Choro nas escolas”, “Choro Rua”, apresentações didáticas, rodas de Choro, festival, pesquisa de compositores e apresentações, acervo de áudio, gravação de CD do choro da casa e visitas a entidades e hospitais.

Histórias

Com a série de apresentações realizadas no ano passado, onde o grupo tocou e contou historias dos compositores locais, Peres conta que aprendeu que a cidade é muito rica musicalmente e culturalmente, desde os séculos passados. “As músicas dos compositores de Ribeirão Preto não devem nada para os grandes clássicos da musica brasileira. E a maioria dos nomes dos compositores pesquisados, tem importância a nível nacional”, destaca.

Dentre as histórias que o grupo descobriu durante a pesquisa, o músico conta uma passagem sobre o compositor e pesquisador Edinho Penha. “Quando criança, Waldir Azevedo [autor de Brasileirinho] queria o adotar, para ser seu sucessor no Cavaquinho, mas como era muito novo seu pai não deixou. Ele teve um baião que foi gravado pelo Waldir Azevedo, tem um choro muito bonito que chama Pingo de Ouro, vale a pena ouvir”, conclui.


Foto: Ibraim Leão

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