Obras do professor de Bassano Vaccarini estão em exposição na Pinacoteca

Obras do professor de Bassano Vaccarini estão em exposição na Pinacoteca

Com visitação gratuita, exposição do escultor e pintor italiano Marino Marini se encerra neste domingo, 27

Com curadoria de Alberto Salvadori, diretor do Museo Marino Marini, em Florença, a exposição “Marino Marini: do arcaísmo ao fim da forma” é a primeira retrospectiva no Brasil do artista italiano reconhecido mundialmente por suas esculturas em bronze, e um dos nomes fundamentais da arte moderna italiana.

As obras estão expostas na Pinacoteca do Estado de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado, e podem ser visitadas gratuitamente até este domingo, 27.

Curiosidade

Poucos sabem que o artista italiano Marino Marini foi professor do artista Bassano Vaccarini, também italiano e radicalizado no Brasil. O diretor geral da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Tadeu Chiarelli conta que Vaccarini foi aluno de Marini em Milão, durante sua formação artística. “Penso que Vaccarini absorveu muito a síntese formal que percebeu nos trabalhos de seu professor. Mesmo como um artista maduro, Vaccarini não perdeu essa característica mesmo tendo seguido caminhos próprios. Ambos souberam unir à experimentação modernista, uma consciência importante da tradição clássica da escultura”, explica.

Exposição

A mostra proporciona ao público uma visão ampla e generosa da produção artística de Marini, expondo 68 peças, entre esculturas, pinturas e desenhos, de distintos períodos de sua carreira. A exposição reúne obras das duas importantes instituições dedicadas à obra de Marini na Itália, o Museo Marino Marini de Florença e da Fondazione Marino Marini de Pistoia - cidade natal do artista.

O artista

Nascido em Pistoia (1901 – 1980), na região da Toscana, Marini cresceu cercado pelas influências da vizinha Florença, nutrindo uma forte ligação com a arte etrusca e com a arte egípcia pertencente aos museus da região, desenvolvendo em sua obra quatro temáticas em particular: o retrato, a Pomona – a encarnação do eterno feminino –, os cavalos e os cavaleiros e o circo. Por este último era extremamente fascinado, sentindo-se intrigado pela natureza do ofício do malabarista, do palhaço e dos acrobatas.

“A relevância de Marino Marini foi de um artista que não se comportou como um filólogo, não aceitou os dados históricos consumidos pelo estudo e pela interpretação antropomorfa do sujeito, mas revelou, no seu trabalho, uma dimensão de atualidade da matéria numa relação direta entre homem e sujeito”, destaca Alberto Salvadori, curador da exposição.

A exposição Marino Marini: do arcaísmo ao fim da forma, tem patrocínio da Pirelli e ficará em cartaz até o dia 27 de setembro.

Revide Online
Bruno Silva
Fotos: Divulgação

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