Projeto musical lança novo disco inspirado na história do café em Ribeirão Preto

Projeto musical lança novo disco inspirado na história do café em Ribeirão Preto

O grupo Pó de Café une o jazz afrobrasileiro à música de câmara em parceria com a USP Filarmônica

O grupo de jazz brasileiro Pó de Café lança nesta sexta-feira, 10, o álbum “Suíte do Café”, gravado em parceria com a orquestra USP Filarmônica de Ribeirão Preto. O tema do novo trabalho é uma homenagem à Ribeirão: a história do café na cidade. “Nos nossos discos anteriores, o samba-jazz, a música afrobrasileira, a música caipira e a pandemia foram nossas inspirações. Agora, nós quisemos fazer uma homenagem à cidade onde atuamos. Afinal, o município já foi a capital mundial do café. Por que não uma música sobre o café?”, ressalta o baixista Bruno Barbosa.
 

As oito composições da “Suíte do Café” se complementam em uma peça musical que une a tradição da orquestra sinfônica com as sonoridades contemporâneas do jazz afrobrasileiro do Pó de Café. Para este trabalho, a banda, formada por Bruno Barbosa (baixo), Duda Lazarini (bateria), Marcelo Toledo (sax), Murilo Barbosa (piano), Neto Braz (percussão) e Rubinho Antunes (trompete), se unem a 35 músicos da USP Filarmônica, regidos por José Gustavo Julião Camargo. 
 

“Falar sobre o café é falar da própria história da cidade, com todos os seus benefícios e problemas, seus personagens, trabalhadores, líderes, cenários contrastantes e mazelas. Um mosaico de pontos de vista, como uma música de múltiplas formas, interconexões e planos, justamente como uma suíte, música de forma livre que une diversos temas em sucessão”, ressalta o pianista Murilo Barbosa. 
 

Para a criação do projeto, o grupo convidou o historiador Daniel Deminice, que trabalhou como um consultor para as pesquisas realizadas pelos músicos em busca de histórias e dados sobre o período. “Ribeirão Preto é marcada pelo que os livros chamam de ‘Belle Époque Caipira’, uma consequência da urbanização influenciada pela estética europeia do século XIX e propiciada pelo dinheiro dos negócios do café. Um processo contraditório que aliou prosperidade econômica, urbanização e degradação ambiental”, explica.


Foto: Divulgação

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