
Ribeirão Preto recebe Festival de Literatura Brasileira no século XXI
Evento será realizado nesta quarta-feira, 3, na Biblioteca Sinhá Junqueira
A Literatura Brasileira contemporânea ganha novo destaque no Festival Literatura Brasileira no XXI, que tem como objetivo divulgar, promover e incentivar diálogos do rico acervo de obras literárias produzidas no início do século XXI. Uma iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, por meio das ações do Sistema Estadual de Bibliotecas de São Paulo, gerenciadas pela SP Leituras.
O Festival Literatura Brasileira no XXI ocorre ao longo do ano em seis cidades: Ribeirão Preto, Ubarana, Jundiaí, São Bento do Sapucaí, Diadema e Lençóis Paulista, e é integrado a feiras e eventos culturais, constituindo-se de mesas-redondas e atividades artísticas. Todos os convidados - escritores e escritoras - foram finalistas ou vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura em edições anteriores e, ao lado de autores e mediadores locais, apresentarão sua visão e expectativa sobre a literatura que está sendo escrita neste início de século.
O evento inaugural acontecerá em Ribeirão Preto, no dia 3 de julho, na Biblioteca Pública Sinhá Junqueira. Por meio de mesas-redondas e intervenções artísticas, o Festival oferece uma programação rica destinada a estudantes, escritores, jornalistas, formadores de opinião e ao público em geral. As atividades são projetadas para engajar a comunidade literária, incentivando uma apreciação mais profunda da literatura brasileira contemporânea e suas diversas vozes.
"Estamos comprometidos em tornar a literatura brasileira acessível a todos e inspirar uma nova geração de escritores e leitores por meio deste projeto. É uma oportunidade única de vivenciar a riqueza da nossa literatura e de participar ativamente da sua evolução," afirma Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras. Com a realização deste festival espera-se revitalizar o interesse pela literatura brasileira e estimular um diálogo cultural mais amplo e inclusivo.
O Festival Literatura Brasileira no XXI é uma iniciativa apoiada pelo Ministério da Cultura (MinC) e financiada pela Lei Rouanet, destacando-se como uma plataforma vital para a promoção da literatura e cultura brasileira. O evento conta com o patrocínio de empresas comprometidas com o desenvolvimento cultural, incluindo o Colégio Vital Brasil, Empiricus, Otis Elevadores, Stima Energia, Velt Partners e Willis Towers Watson. Esses patrocinadores desempenham um papel crucial no sucesso do festival, permitindo uma ampla gama de atividades e eventos que celebram a riqueza da literatura brasileira e estimulam o diálogo criativo e a educação literária no estado de São Paulo.
Programação
1 - Mesa-redonda "Finitude e Diversidade e experiências literárias", das 19h às 20h30
Participantes:
• Cris Judar - Autora das HQs Lina e Vermelho, Vivo, bem como do livro de contos Roteiros para uma Vida Curta, que recebeu Menção Honrosa no Prêmio SESC de Literatura 2014. Seu romance Oito do Sete foi finalista do Prêmio Jabuti e vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2018. O segundo romance, Elas marchavam sob o sol, teve os direitos vendidos para editoras em Moçambique, Egito, Itália e EUA. Cris é bolsista CAPES, cursando mestrado em Literatura e Estudos de Gênero na USP, e há oito anos leciona no Curso Livre de Preparação do Escritor.
• João Anzanello Carrascoza - Nascido em Cravinhos, em 1962, João é um renomado redator publicitário que atuou por duas décadas em grandes agências de propaganda brasileiras. Paralelamente, deu aulas na universidade onde se graduou e, posteriormente, concluiu seu mestrado e doutorado. Publicou seu primeiro livro, Hotel Solidão (Scritta Brazil) em 1994, e desde então consolidou uma obra extensa e reconhecida, abrangendo contos, romances e novelas infantojuvenis. Seus trabalhos, como Aos 7 e aos 40 (Alfaguara), Caderno de um Ausente (Cosac & Naify) e Elegia do Irmão (Alfaguara), foram finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura.
• Menalton Braff - Destacado escritor gaúcho radicado em São Paulo desde 1965, possui uma notável trajetória literária com 30 títulos publicados. Suas obras lhe renderam reconhecimentos importantes, incluindo o Prêmio Jabuti – melhor livro do ano em 2000, com sua coletânea de contos À sombra do cipreste, e o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional em 2020, com o romance Além do Rio dos Sinos. Residindo no interior de São Paulo, Menalton dedica-se integralmente à literatura, participando ativamente de eventos literários, como feiras do livro e palestras em escolas, contribuindo para a disseminação e apreciação da literatura. Antes de se aposentar, Menalton teve uma carreira frutífera no magistério de Literatura no Ensino Médio, influenciando gerações de estudantes com sua paixão pelas letras.
• Mediadora: Sheila Ozsvath - Sheila é formada em comunicação social e gestão cultural, e atua em uma instituição de ensino. Participa como mediadora no grupo Leia Mulheres Ribeirão Preto. Além de mãe e uma mulher com deficiência, Sheila é uma apaixonada por leitura e escrita, acreditando firmemente no poder da arte como meio de transformação social e na escrita como uma forma profunda de apreciar e realizar arte.
2 - Intervenção – Show: Onã - "Quem Sempre Teve Tudo Nunca Vai Entender"
das 20h30 às 21h
Artista:
• Onã - Músico originário de São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ), Onã cresceu em um ambiente imerso nas tradições do samba, influenciado desde cedo por seu avô materno, Norival Fidélis, apelidado de Viludinho, um compositor renomado de sambas-enredo. Desde jovem, Onã se dedicou à percussão e à composição, habilidades que formaram a base de sua carreira musical. Nos últimos oito anos, ele expandiu seu repertório artístico ao adentrar o universo da Trap Music como MC, uma transição que marca seu crescimento e exploração musical. Seu reconhecimento no cenário do Rap foi consolidado com o lançamento do EP "Afromanotropical". Seu trabalho mais recente, o álbum "Quem Sempre Teve Tudo Nunca Vai Entender", foi lançado pelo selo Alá Records e distribuído pela The Orchard Brasil, destacando-se pela fusão inovadora de ritmos tradicionais brasileiros com tendências contemporâneas da música urbana.
Foto: Renato Lopes