Ribeirão Preto recebe obra a céu aberto da artista Elise Bracher
Obra “Sem Título” de Elisa Bracher

Ribeirão Preto recebe obra a céu aberto da artista Elise Bracher

Escultura foi inaugurada nesta quarta-feira, 28 de setembro, no cruzamento das avenidas João Fiusa e Independência

Nesta quarta-feira, dia 28 de setembro, uma obra da artista Elisa Bracher foi inaugurada no cruzamento das avenidas João Fiusa e Independência, em Ribeirão Preto. Na cerimônia, também foram inauguradas as placas de homenagem que denominam a rotatória Rubens Prudente Corrêa e a praça Doutor Osmani Emboaba da Costa. 

 

A escultura “Sem Título”, de 2013, foi confeccionada com materiais orgânicos e técnicas artesanais de construção provenientes de tradições culturais brasileiras. A escultora, gravadora e desenhista Elisa Bracher, utilizou pilares de madeira de antigas casas da região do interior do Estado de São Paulo para construir a escultura de escala monumental, que se equilibra por meio de um sistema de encaixes e de peso e contrapeso. 

 

“Tenho certeza que aqui será um ponto turístico, um cartão de visita e ao mesmo tempo uma manifestação de respeito à arte, aos artistas, à cultura e à memória da nossa cidade. E continuaremos com esse processo de curadoria de obras monumentais nos espaços públicos de Ribeirão Preto. A próxima praça a receber uma obra de arte será a Chico Mendes, no Parque Ribeirão, que já é um espaço ocupado pela população do entorno, graças às obras de mobilidade que transformaram a região em um local de melhor convivência social. E dessa forma vamos transformando nossa cidade em uma cidade mais amigável, civilizada e habitável”, destacou o prefeito, Duarte Nogueira. 

 

O prefeito comparou Ribeirão Preto com o Instituto Inhotim, considerado um dos maiores museus a céu aberto do mundo e importante acervo de arte contemporânea nacional, localizado em Brumadinho, em Minas Gerais. 

 

A instalação da escultura foi viabilizada pela Associação Clube Mais, além dos empresários Maria Eduarda Pereira, Ricardo Brito Santos Pereira, Silvia Velludo e Marcelo Guarnieri.  

A obra ressalta a transformação e a ação do tempo ao utilizar a madeira, que foi anteriormente uma árvore, depois fez parte de uma casa e agora integra a escultura, mantendo suas marcas, dos veios dos troncos aos cortes e furos produzidos pelas máquinas. As toras escolhidas por Bracher, com deformações causadas pelo calor e pela umidade, permitem a observação da impermanência da matéria viva. 

 

Elisa Bracher é formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, tendo realizado um curso de gravura em metal com o pintor, gravador e desenhista, Evandro Carlos Jardim, no último ano da faculdade. Tornou-se professora de desenho e gravura na Faap, em 1989, e trabalha com gravura, realizando obras abstratas. Em paralelo, iniciou a realização de trabalhos tridimensionais em metal e, em seguida, passou a utilizar a madeira em suas obras, optando por materiais velhos e desgastados pelo tempo. 

 

Em sua visita a Ribeirão Preto, na segunda-feira, dia 26, a artista Elisa Bracher destacou a importância da iniciativa. “O meu trabalho como escultora sempre se fortalece quando a obra pode ser pública, porque lugar público é de todo mundo. Fico muito feliz de Ribeirão Preto receber essa obra, realizada com madeira de construção antiga, de fazendas do período do café que também remete um pouco da história de Ribeirão Preto, uma cidade onde também havia essas fazendas”, destacou a artista.

 

*Com informações da Prefeitura de Ribeirão Preto.


Fotos: Guilherme Sircili

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