6 monumentos ribeirãopretanos e os seus significados
6 monumentos ribeirãopretanos e os seus significados

6 monumentos ribeirãopretanos e os seus significados

O Portal Revide fez uma lista de itens expostos na cidade que nem sempre sabemos o que representam

O Portal Revide selecionou seis monumentos ribeirãopretanos que estão expostos na cidade, todo mundo viu, mas nem sempre sabe o significado. Alguns representam a história, outros são fatos que ilustram a vida.

Lilian Rosa diz que monumentos existem em todas as culturasA historiadora Lilian Rosa diz que monumentos existem em todas as culturas. “Monumentos são universais, eles nos lembram a nossa identidade e o que é importante na história do povo. Nós temos dois tipos de memoriais, os que nos fazem lembrar e os que foram construídos como memorial ou comemorativo”.

Lilian fala que estes objetos são uma espécie de trava de segurança contra a correria diária existente na sociedade. “Nós precisamos desse registro. Todos são bens e patrimônios, se tornando um artefato após uma ressignificação. Infelizmente ainda não há um planejamento e controle em uma política pública que auxilie na escolha de locais para instalação, retiradas e maneiras que são feitos, pois são precisos tempo e investimento”, explica.

Outro fator citado pela professora é que uma educação patrimonial também está em falta em Ribeirão Preto. “Nós vemos que poucas pessoas sabem ou se interessam pela história envolvida nestes monumentos. Nossas escolas em Ribeirão Preto deveriam ter aulas e ações que incentivam essas práticas de conhecimento importante, pois são nossas raízes”.

Para quem tem interesse em conhecer um pouco mais da história, o banco de dados disponibilizado através do arquivo público, no site da Prefeitura apresenta todos os monumentos e suas condições. Segundo a pesquisa, o projeto documenta e promove a reflexão de cada item caído em esquecimento. Para ter acesso a todos os monumentos de Ribeirão Preto clique aqui.

1. À Epopéia de 1932

Com características neoclássicas, a obra está localizada na Praça XV, no Centro de Ribeirão Preto, em frente ao Theatro Pedro II. O monumento foi construído todo em granito e bronze. A instalação foi realizada em 1939 e foi construída por Galileu Ugo Emendábile.

Inicialmente, pretendia-se construir, juntamente com a escultura , um mausoléu (templo). Entretanto, a comissão não conseguiu arrecadar verba suficiente, além de ceder à ideia que o túmulo valorizaria excessivamente os mortos em combate e desvalorizaria os que voltaram vivos.



2. Obelisco – Ao centenário da Independência do Brasil

O obelisco foi criado em pedras composto por cinco blocos e dois cinturões. Criado por Emílio Moço, sua instalação foi realizada no ano de 1922 no início da Avenida Nove de Julho, quando está se chamava Independência. Atualmente fica no cruzamento das avenidas Independência e 9 de julho.

Em bom estado, o monumento foi instalado como parte das comemorações ao centenário da Independência do Brasil. A data de sua inauguração foi saudada com hinos patrióticos e juramentos à bandeira nacional por cerca de 5 mil alunos das escolas de Ribeirão Preto.



3. Ao Motoqueiro

Instalada em 1981, a estátua é visualizada por todos que passam na rotatória inicial na Avenida 13 de Maio em meio à Praça da Bíblia, no Jardim Paulista. A inciativa surgiu do Ribeirão Preto Moto Clube, com autoria de Thirso Cruz. Ela é uma representação simbólica e realista do motoqueiro.

Diferente do que muitos acreditam, o monumento não é a representação de algum falecido no local. Mas sim a representação em homenagem ao motociclista. A estátua foi pintada no ano de 2008, mas precisa de limpeza, impermeabilização e placa de identificação.



4. Fonte dos amores

Foi instalada entre os anos de 1952 e 1953, em uma das portas do Bosque Municipal Fábio Barreto, nos Campos Elíseos. De acordo com o acervo histórico de Ribeirão Preto, o monumento precisa de higienização e uma placa de identificação. 

A fonte possui uma figura na parte superior representando um dragão expelindo água pela boca em sequência do menor para o maior. Nos dois lados do artefato existem bancos com o acento e encosto revestido por azulejos portugueses. Na fonte há também três metades de cubas fixadas.



5. Maria Fumaça “Phantom”

Instalada em 1912, a Maria Fumaça “Phantom” foi construída na Alemanha e é revestida de metal. Atualmente precisa de limpeza, impermeabilização e placa de identificação. Em ambos os lados da locomotiva está escrito “US. Amalia”. O termo faz referência à utilização do monumento na Usina Amália.

A Maria Fumaça foi doada a Ribeirão Preto pelas Indústrias Matarazzo. A origem da instalação na Praça Francisco Schimidt, na Vila Tibério, próxima à UBDS Central veio com o juiz do trabalho na época Horácio Salles Cunha.



6. Marco Zero da cidade de Ribeirão Preto

Uma placa em rocha bruta, instalada no chão com letras em bronze, em alto relevo. Foi neste local, na Praça XV de Novembro, no Centro de Ribeirão Preto que a história da cidade teve início. No arquivo público da cidade consta que é necessário melhorar visualização e paisagismo.

Instalado em 1995, o local ocupado pelo monumento foi o largo da primeira Igreja Matriz de Ribeirão Preto, inaugurada em 1868. Nesta época, era um grande espaço aberto sem nenhum tipo de equipamento ou jardinagem.

De acordo com o coordenador do Museu da Segunda Guerra Mundial, nesta mesma pedra ficava a placa em homenagem aos Pracinhas. Ela foi transferida e, para que o item não ficasse vazio, foi escrito “Marco Zero”.


Fotos: Pedro Gomes, Júlio Sian, Reprodução Google

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