Liderança Feminina: Marília Volpe e Marina Gouveia

Liderança Feminina: Marília Volpe e Marina Gouveia

“Liderança só existe se despertar o que há de melhor nas pessoas que estão à sua volta, fazendo-as acreditarem em seu potencial.”

Advogada por pura vocação, Marília Volpe Zanini Mendes Batista é também administradora judicial. Formada pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e mestre em Direito Processual Civil, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), possui especialização em Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) pela Nextlaw Academy e extensões em Direito de Controle e Proteção de Dados e Recuperação Judicial e Falência, ambas pela PUC-SP. “Desde menina, sempre sonhei em ser advogada. Nunca aceitei respostas vazias, sempre lutei pelo que era justo e a minha profissão é um dos meus sonhos realizados”, destaca


Assim como para muitas outras mulheres, que buscaram espaço em áreas profissionais predominantemente masculinas, a trajetória de Marília foi de obstáculos e desafios superados com resiliência, primando pela qualidade técnica, ética e transparência. Assim nasceu a Volpe Zanini Advocacia, há 25 anos. “Eu havia acabado de concluir a graduação e abri o escritório sozinha. Tempos depois, tornei-me sócia da empresa Compasso Administração Judicial, que hoje conta com 10 anos no mercado”, recorda.

 

Outro momento importante foi a conclusão do seu mestrado na PUC/SP. “À época estava grávida do meu primeiro filho e, mesmo diante das dificuldades, não abandonei o tão sonhado mestrado”, conta. Marília também teve um artigo publicado na coletânea “Mulheres da Insolvência”, organizada pelo IBAJUD (Instituto Brasileiro da Insolvência), em parceria com a editora Inbook (2021) — “A nova dinâmica falimentar perante a vedação à extensão dos efeitos da falência aos sócios: Questionamentos sobre os credores pessoais dos sócios”.


Começar o estágio profissional logo no primeiro ano da faculdade de Direito foi um divisor de águas na vida de Marina Gouveia de Azevedo Viel. “Não são todos os estudantes que têm essa oportunidade. Fiquei um longo período no mesmo escritório, em seguida, fui convidada para formar sociedade no Volpe Zanini e estar à frente de um escritório renomado, é uma grande conquista”, declara a advogada.


Graduada pela Universidade de Franca (FDF), em 2011, e especialista em Processo Civil pela Universidade de São Paulo (USP), em 2013, Marina também cursou pós-graduação em Direito Societário no Insper (São Paulo), em 2017. Tendo a mãe, Leonor Maria Ferreira Braz Gouveia, como referência — uma médica com mestrado e doutorado, extremamente dedicada às filhas, ao trabalho e ao conhecimento —, Marina diz que a advocacia também exige constante atualização e a mãe sempre a influenciou positivamente a estudar.


Para Marina, apesar da advocacia ainda ser liderada por homens, há um enorme número de advogadas bem-sucedidas mostrando que competência supera gênero. “Os desafios para uma advogada são os mesmos de tantas outras profissionais. Estamos assistindo a uma escalada de mulheres que não aceitam mais vitimar-se e que, cada vez mais, lutam para assumir novos papeis na sociedade, não admitindo nada menos do que serem respeitadas. É um movimento importante e que torço para que se fortaleça cada vez mais”, ressalta.


Fotos: Lidia Muradás | Produção: Robes Britto

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