Acirp estima que 13º deve injetar R$ 700 milhões na economia de Ribeirão Preto
Descontada a inflação, a expectativa é de uma redução real de 1,05% do valor em relação a 2019

Acirp estima que 13º deve injetar R$ 700 milhões na economia de Ribeirão Preto

Estimativa prevê em torno de R$ 409 mi na primeira parcela em novembro e R$ 319 mi na segunda, em dezembro

Um levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta que o pagamento das parcelas  do 13º salário deve injetar cerca de R$ 700 milhões na economia ribeirãopretana em 2020.

A Acirp estima em torno em R$ 409 milhões na primeira parcela, que será paga no final de novembro e R$ 319 milhões na segunda parcela, paga em dezembro, o que revela uma leve alta nominal de 2,3% no montante pago em Ribeirão em relação a 2019. Porém, descontada a inflação, a expectativa é de uma redução real de 1,05% do valor.

O Assessor de Relações Institucionais da Acirp, Renan Rocha avalia que a redução é reflexo da pandemia do novo coronavírus. “O recuo se dá pela queda de empregos formais neste ano, que foi de 2,3% comparado a 2019. Essa diminuição foi, muito provavelmente, provocada pela pandemia, que forçou a redução da atividade econômica, visto que a cidade vinha passando por uma ligeira retomada e apresentava dados promissores antes da quarentena”, afirma.

Segundo Renan, a retomada gradual dos índices de emprego e o auxílio emergencial também serão peças-chave na injeção de recursos na economia neste final de ano. “O saldo de contratações tem sido positivo nos últimos três meses, apesar do consolidado do ano continuar no negativo. Além disso, o auxílio emergencial reforçará a quantia de recursos injetada neste final de ano, juntamente com novos recursos do FGTS que foram liberados em 2020”, explica.

A expectativa é boa para os comerciantes, que apostam nas datas de Black Friday e Natal para recuperar parte das receitas perdidas durante os meses de fechamento. A aposta é na demanda represada de consumo que se estabeleceu durante a quarentena. “Existe esse fenômeno, quando as pessoas passam por algum período de restrição e têm o incentivo de gastar com bens de consumo, de forma a compensar a demanda reprimida durante o período de isolamento”, comenta Renan.


Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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