Apenas três municípios na região criaram empregos em 2015

Apenas três municípios na região criaram empregos em 2015

Luiz Antônio, Guatapará e Pontal foram as únicas cidades que apresentaram saldo positivo; Ribeirão Preto extinguiu 6,5 mil vagas

Na região de Ribeirão Preto, apenas três municípios fecharam 2015 com saldo positivo de empregos. Luiz Antônio, Guatapará e Pontal foram os únicos locais que abriram novas oportunidades de trabalho, graças à agricultura. Em Ribeirão Preto, mais de 6 mil postos de trabalho foram extintos.

Das 16 cidades que formam a microrregião de Ribeirão Preto, de acordo com o Ministério do Trabalho, 13 apresentaram resultados negativos no balanço final do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ribeirão Preto viu mais de 6,5 mil postos de trabalhos extintos no último ano – 2,5 mil apenas em dezembro -, e o setor que mais demitiu foi o comércio, que fechou 2,5 mil vagas de emprego. Tanto a indústria, quanto o setor de serviços e construção civil apresentaram o corte de 1,3 mil empregos em 2015.

Ao todo, foram 100 mil demissões, ante 94 mil contratações no município – 2014 havia fechado com leve alta de 914 vagas abertas. Além do comércio, o setor de serviços foi um destaque negativo, já que antes das 1,3 mil demissões em 2015, havia sido abertas 2,4 mil vagas no ano anterior.

Já em Sertãozinho, a situação conseguiu terminar pior do que 2014, pois mais de 3,6 mil vagas de empregos desapareceram, ante 2,2 mil no ano anterior. Novamente, a indústria foi a principal responsável pelas demissões no município (-2,1 mil), porém comércio (-917) e a construção civil (-561) foram os outros mercados que destruíram empregos.

Quem contrata?

A pequena Guatapará, com apenas 1,6 mil empregos formais, apresentou um pequeno crescimento de 16 empregos, em virtude do comércio, que contratou 13 pessoas a mais do que no ano anterior.

Enquanto isso, Luiz Antônio foi o município que mais criou vagas no último ano (622), muito diferente de 2014, quando destruiu mais de 1,1 mil empregos. E o levantamento dos dois anos tem muito em comum, já que em ambos os casos, a balança pendeu para cima e para baixo devido as contratações em uma indústria multinacional de celulose instalada na cidade (593 vagas no ano passado, contra -915 em 2014).

E em Pontal, a agricultura também foi fator determinante para criação de empregos, já que o município, que criou 434 postos de trabalho (diferente dos 1,7 mil destruídos em 2014), foi influenciado pelas 603 vagas criadas no setor agrícola, essa ligada a produção de cana-de-açúcar.


Foto: Valdecir Galor

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