Brasileiros estão cautelosos com economia para 2018, aponta estudo
Levantamento indica preocupação com eleições e emprego em 2018, porém, mostra ânimo na economia
Levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC mostra que os brasileiros estão otimistas com o cenário econômico para o ano de 2018, embora também estejam cautelosos. Isso porque 45% da população pretende guardar dinheiro nos próximos 12 meses.
O levantamento aponta que 54% dos brasileiros estão mais otimistas com o cenário econômico de 2018 e 58% acreditam que a vida financeira também será melhor, como é o caso do empresário Júnior Galvani, que conta que 2017 foi um ano com resultados positivos para empresa que administra junto com o pai.
Para ele, o ano que passou ajudou a planejar a reforma da casa para colocá-la em prática em 2018. Isso, sem interferir de forma considerável no orçamento da família. Porém, ele se preocupa, ainda, com a situação política no País, que terá eleições neste ano.
“Espero continuarmos assim. O ano de 2018 parece que será ótimo e espero que o cenário político não volte atrapalhar, como em anos anteriores”, comenta o empresário.
A opinião é parecida com a de 86% das 682 pessoas entrevistadas no Estado. Além das incertezas eleitorais, a corrupção é o problema mais importante a ser resolvido no ano para a população, à frente da crise econômica (61%), violência (58%), saúde (47%), e educação (41%).
Já o assistente administrativo William Domingos se contenta em manter o emprego no próximo ano. Situação parecida com a de 37% dos entrevistados no estudo da CNDL. “A minha meta é manter o meu emprego, para sustentar a minha família e a ONG [Organização Não Governamental] que ajudo”, comenta Domingos, que diz que guardar dinheiro não é uma prioridade com essas preocupações.
“Porque, muitas vezes, ter dinheiro não significa felicidade ou que vai usufruir do mesmo com sabedoria”, argumenta o assistente administrativo.
O estudo ainda aponta que entre os principais temores dos brasileiros para 2018, além do desemprego, estão possíveis problemas de saúde (40%), ser vítima de violência ou assalto (32%) e não conseguir pagar as dívidas (31%).
Foto: Amanda Bueno
