China dobra as exportações de produtos da região de Ribeirão Preto
Exportações passaram de US$ 70 milhões para US$ 140 milhões, em agosto
A China é o país que mais importa produtos da região de Ribeirão Preto, e administra vantagem com sobras para o segundo país que mais importa da região, de acordo com o boletim do comércio exterior da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), referente ao mês de agosto.
O valor exportado da região de Ribeirão Preto para a China dobrou em agosto de 2015 em relação ao mesmo mês de 2014. O valor saltou de US$ 70 milhões para quase US$ 140 milhões.
Os economistas responsáveis pelo levantamento afirmam que o aumento se deve ao desempenho de Sertãozinho, que mesmo sofrendo com a crise do setor sucroenergético, tem elevada participação nas exportações dentre os municípios da região.
Eles também acreditam que esse movimento está relacionado à depreciação do real, levando a um processo de substituição de produtos importados por nacionais, além de estimular as exportações, mas os efeitos ainda serão sentidos com mais força até o segundo semestre de 2016.
“A depreciação do real ainda não se fez sentir com mais força nas exportações devido a um processo de queda no preço das commodities e de piora ou estagnação de economias que são importantes destinos das exportações brasileiras como, por exemplo, China, Argentina, Rússia e Europa”, explicam em comunicado.
Para Estados Unidos, cujas exportações da região chegaram a US$ 80 milhões, queda de 20% com relação a agosto de 2014, e Reino Unido, que importou US$ 55 milhões em produtos feitos na região, a menor quantia desde 2011, portanto, a tendência de queda foi mantida. As exportações para os EUA vêm diminuindo nos últimos três anos, já para o Reino Unido, as quedas já vem sendo sentidas há quatro anos.
Apesar das exportações da região para o Marrocos serem voláteis, o país africano aparece na quarta posição entre os principais destinos de exportações no acumulado do último ano. Foram US$ 50 milhões, quase o triplo do importado da região no ano passado, mas quantia semelhando ao conquistado em 2013 e 2011.
Revide On-line
Leonardo Santos
Fotos: Arquivo Revide
