Comércio de Ribeirão Preto tem queda nas vendas em novembro, aponta estudo do Sincovarp
Com relação aos postos de trabalho, a pesquisa registrou ligeiro aumento

Comércio de Ribeirão Preto tem queda nas vendas em novembro, aponta estudo do Sincovarp

Segundo a Pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo sindicato, empregos tiveram crescimento de 0,21%, no período

As vendas do comércio de Ribeirão Preto tiveram queda 3,12% em novembro na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta a Pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp). Entre as empresas entrevistadas, 70,8% consideraram as vendas deste ano piores do que no ano anterior, enquanto 25% apontaram o contrário. Para 4,2% das consultadas, os números foram equivalentes.

Entre os setores, o pior resultado foi apresentado por Eletrodomésticos (5,16%) seguido por Vestuário (4,81%), Cine/Foto (4,30%), Livraria/Papelaria (3,51%), Móveis (3,35%), Ótica (3,28%), Tecidos/Enxoval (2,66%), Calçados (0,75%) e Presentes (0,28%).

“Nenhum dos setores participantes da pesquisa apresentou crescimento, o que torna o resultado ainda mais contundente. O consumidor continua reticente a realizar gastos, porém todas as discussões envolvendo os camelôs no calçadão de Ribeirão Preto dificultaram ainda mais as vendas”, comenta Marcelo Bosi Rodrigues, economista do Sincovarp, responsável pelo estudo.

Empregos

Com relação aos postos de trabalho, a pesquisa registrou aumento de 0,21%. Essa elevação está relacionada com a chegada do Natal, época de crescimento do movimento. Porém, o volume de contratação costuma ser maior.

Entre as empresas entrevistadas, 93,7% mantiveram seus quadros funcionais em novembro, enquanto 6,3% contrataram e nenhuma demitiu. Os segmentos que contrataram foram Tecidos/Enxoval (0,89%), Eletrodomésticos (0,61%) e Livraria/Papelaria (0,39%).

Análise

“Como já foi dito inúmeras vezes, os ânimos da economia vivem ‘de mãos dadas’ com o cenário político e, portanto, apesar dos muitos indicadores macroeconômicos positivos, a economia real se mantém desaquecida. Após a definição do novo Presidente da República, era de se esperar um melhor desempenho para o comércio, no entanto, embora a eleição esteja definida, as quedas de braços ainda não foram detidas, mantendo o ambiente de incerteza que desencoraja o consumidor”, analisa Rodrigues.


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/EBC

Compartilhar: