Comércio eletrônico na região de Ribeirão Preto é o mais fraco do Estado
Comércio eletrônico na região de Ribeirão Preto é o mais fraco do Estado

Comércio eletrônico na região de Ribeirão Preto é o mais fraco do Estado

Segundo estudo, a lenta recuperação do varejo também impacta no comércio digital

A região de Ribeirão Preto foi a que apresentou a menor participação no comércio eletrônico em 2016, dentre as 16 regiões que compõe o estado de São Paulo. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a participação total do e-commerce no varejo da região foi de 1,5%. Enquanto a Capital ficou com 3,6%, Litoral e Araraquara, ambas com 2,3%, e ABCD 2,2%. Já as de menor representatividade, além de Ribeirão Preto, foram; Sorocaba, Jundiaí e Marília, todas com 1,6%.

Para a Assessoria Econômica da FecomercioSP, a desaceleração das vendas do comércio vem sendo sentida tanto no varejo físico como no varejo eletrônico, reflexo dos efeitos da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego.

O faturamento do comércio eletrônico no Estado de São Paulo registrou queda de 6,6% no terceiro trimestre de 2016, de 4,4% no acumulado do ano e 4,6% no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o pior resultado da série histórica. Já o varejo paulista exibiu crescimento de 1,7%, leve recuo de 0,7% e queda de 2,8% nas vendas nessas mesmas bases comparativas.

Parte desse comportamento distinto pode ser explicado, segundo a Federação, pela forte base de comparação, já que o comércio eletrônico passou a sentir os efeitos da crise com maior intensidade em meados de 2015, enquanto o varejo paulista já apresentou queda nas vendas em 2014. Além disso, a variedade de produtos comercializados nas operações realizadas pela internet - que concentra uma parcela razoável de produtos eletroeletrônicos e eletro portáteis - tende a apresentar uma demanda mais elástica que itens de primeira necessidade, tais como alimentos e medicamentos. Por esta razão a recuperação acontece, no primeiro momento, no varejo físico.

Todavia, o especialista em e-commerce e diretor de uma empresa de marketing, Vinicius Melo, explica que apesar dos números da Fecomércio, o comércio digital ainda é um negócio muito lucrativo para o empreendedor. “Vender pela internet é uma baita oportunidade, porém é necessário se preparar. Não adianta pensar que replicar no e-commerce tudo que foi feito no negócio local irá funcionar no e-commerce. O e-commerce tem as suas características de negócio que são muito diferentes de um negócio físico. Outro ponto importante é o investimento em marketing digital. Colocar um e-commerce no ar é a mesma coisa que montar uma loja numa rua sem movimento, é necessário divulgar e levar movimento para o e-commerce." explicou Melo.


Foto: Bruno Fortuna/ FP

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