Comércio: Vendas em Ribeirão Preto prestes a completar 2 anos em queda
Vendas em Ribeirão Preto prestes a completar dois anos em queda

Comércio: Vendas em Ribeirão Preto prestes a completar 2 anos em queda

Segundo levantamento do Sincovarp, agosto foi o 21º mês consecutivo em queda; porém, estudo aponta para melhora na perspectiva dos comerciantes

As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto apresentaram queda de -2,3%, em agosto de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a variação negativa foi de -5,2%, segundo a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp).

Apesar do resultado negativo, já que esse é o 21º mês consecutivo de redução nas vendas, o indicador aponta para mudanças positivas na rota das vendas ainda este ano. Ao todo, 54% dos comerciantes entrevistados para o levantamento declararam que as vendas de agosto de 2016 foram inferiores às do mesmo mês do ano passado, enquanto 37,5% consideraram o contrário e 8,3%, disseram que foram equivalentes nos dois períodos.

Segmentos

O pior resultado foi apresentado pelo setor de Livraria/Papelaria (- 6,4%), seguido por Eletrodomésticos (-5,6%), Tecidos/Enxoval (-4,2%), Ótica (-3,4%), Vestuário (-2,7%), Presentes (-0,8%) e Calçados (-0,5%). A variação positiva ficou por conta dos setores de Móveis (2%) e Cine/Foto (1,3%).

Além disso, em agosto de 2016, o estudo apurou uma redução de -0,3%, no número de postos de trabalho do comércio local. Entre as empresas entrevistadas, 95,8% declararam não terem alterado seu número de colaboradores, enquanto 4,2% disseram ter reduzido e nenhuma contratou. Os setores que demitiram foram os de Vestuário e Livraria/Papelaria.

De acordo com o economista do Sincovarp, Marcelo Bosi Rodrigues, os números apurados são o reflexo do momento econômico que o país vive. “A estagnação da economia tem causado redução do investimento e consequente aumento nos índices de desemprego, estacionando o consumo”, explica.

Ainda de acordo com Bosi, o fim do governo interino de Temer faz com que as certezas comecem a aparecer no horizonte. “As decisões da nova equipe econômica, numa direção avalizada pelo mercado, dão sinais de que a casa começa a ser arrumada. Todos querem acreditar que estamos de novo rumo ao crescimento econômico, no entanto, é bom lembrar que esse caminho é lento e esbarra em várias dificuldades”, acentua o economista, que diz que o “pior já passou”.


Foto: Julio Sian/Arquivo Revide

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