Especialistas dão dicas de como utilizar o 13º salário

Especialistas dão dicas de como utilizar o 13º salário

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 36% dos trabalhadores pretendem utilizar o benefício para compras de Natal

Com a primeira parcela do 13º salário paga até o dia 30 de novembro, e a segunda até o dia 20 de dezembro, o benefício é ideal para conciliar as despesas dos meses de dezembro e janeiro e planejar sua utilização de forma inteligente.

 

Neste ano, o 13º deve movimentar R$ 560 milhões na economia de Ribeirão Preto, segundo levantamento do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP).

 

De acordo com uma pesquisa realizada em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 36% dos trabalhadores que têm direito ao valor pretendem utilizar para comprar presentes de Natal.

 

Ainda segundo o levantamento divulgado em novembro deste ano, 29% dos trabalhadores pretende economizar e investir, 22% deve gastar com as comemorações natalinas ou de Ano Novo e 21% deve comprar produtos que tinham vontade. Já 17% dos consumidores deve utilizar o benefício para pagar dívidas atrasadas.

 

 

Confira algumas dicas para administrar o valor extra para o período de final do ano;

 

Planejamento financeiro 


Para evitar que o valor extra seja desperdiçado, é preciso realizar um planejamento financeiro inteligente para organizar os gastos e avaliar a melhor utilização do benefício, separando as quantias para cada necessidade.

 

“O grande segredo é sempre fazer um planejamento para que sobre ao longo de todos os meses, pois nós temos mais gastos no final do ano com presentes, pagamentos de alguns impostos, matrícula de escola, então geralmente se gasta mais e não sobra muito do décimo terceiro, então o ideal é fazer um planejamento ao longo do ano”, diz o economista e professor da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP), Luciano Nakabashi.

 

Contas em dia 


Segundo o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa, em setembro deste ano, o número de inadimplentes no país soma 68,3 milhões de pessoas, com dívidas que ultrapassam o valor de R$ 295 bilhões. O 13º é uma oportunidade para negociar as dívidas e começar o próximo ano sem pendências fiscais. 

 

"A primeira coisa é fazer um planejamento no sentido de pagar dívidas que se tenha. Nós temos um juros geralmente elevado no Brasil, então seria importante nesse sentido. E nós sempre temos os gastos no final de ano e as pessoas acabam muitas vezes aproveitando esse dinheiro para pagar contas ou festas, então é importante pensar nesses gastos de final de ano e planejar até para que esse 13º sobre para fazer algum investimento”, destaca o economista.

 

Reserva de emergência 


Entre os aspectos mais importantes da Educação Financeira é a formação de uma reserva de emergência para cobrir gastos não previstos no orçamento pessoal em períodos de instabilidade e para imprevistos como a perda do emprego. O salário extra no final do ano é uma boa forma de iniciar uma reserva de emergência e evitar a utilização de recursos como empréstimos, financiamentos, cartão de crédito e cheque especial que contribuem com o endividamento. 

 

“O investimento seguro tem muito a ver com o conhecimento da pessoa, o quanto ela investe para conhecer os diferentes tipos de ativos financeiros. Seguro é a Poupança, mas temos outros tipos de investimentos que são relativamente seguros com um retorno maior como Títulos do Governo, mas envolvem riscos. Então sempre é preciso estar conferindo quais são os ativos financeiros e suas especificações, vencimentos e taxas, para que se possa fazer um melhor investimento”, completa Nakabashi.


Foto: José Cruz/Agência Brasil

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