Crescem empresas inadimplentes, mas caem consumidores que devem em RP
Empresas com dívidas chegam a 6,8% em 2016, já o número de consumidores devendo cai 5,7%, em Ribeirão Preto
O número de empresas inadimplentes segue crescendo e chega a 6,8%, de acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), na comparação entre novembro e o mesmo mês do ano anterior - em outubro a variação anual havia sido de 7,2%.
Os dados levam em consideração todas cinco regiões brasileiras e, segundo o indicador, a região em que mais aumentou o número de empresas inadimplentes no último mês foi o Norte, com avanço de 8,9% na comparação com igual período de 2015. Em seguida aparece o Nordeste, que registrou avanço de 8,6%, o Sudeste (6,1%), o Centro-Oeste (6,1%) e a região o Sul (5,3%).
Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também um crescimento da quantidade de dívidas em atraso em nome dos consumidores, chegando a 6,4% maior em novembro frente ao mesmo mês de 2015.
Em Ribeirão Preto, porém, a quantidade de pessoas físicas inadimplentes caiu 5,7% no acumulado do ano e 4,7% na comparação com o penúltimo mês de 2015 - na avaliação em relação ao mês de outubro deste ano, a queda foi de 1,5%, aponta a Boa Vista SCPC.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o movimento da inadimplência, tanto de consumidores quanto de empresas, sofre hoje a influência da recessão econômica, que afeta a capacidade de pagamento das empresas e a falta de confiança, que dificulta o acesso ao crédito por meio de análises de crédito mais rigorosas e taxas de juros mais elevadas.
De acordo com o indicador, em novembro o crescimento do número de dívidas de pessoas jurídicas pelo setor credor, ou seja, para quem as empresas estão devendo, teve o comércio aparecendo com a maior alta (11,3%), seguido pela indústria (7,3%) e o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras (5,5%).
Porém, em termos de participação no total das dívidas, o setor de serviços é o que mais se destaca, com um total de 69,1% das dívidas. O comércio aparece em seguida (17,2%) e a indústria em terceiro lugar (12%).
Foto: Marcos Santos/USP Imagens