Crise faz concessão de crédito estagnar em 2015

Crise faz concessão de crédito estagnar em 2015

No Brasil, aumento de crédito foi de 1%; Em Ribeirão Preto, queda chegou a 12%

Os mais pobres são os que mais têm deixado as compras a prazo de lado. Em 2015, a queda na demanda por crédito para pessoas que tem renda de até R$ 500,00 por pessoa da família foi de 4,2%, segundo o indicador Serasa Experian.

Nas outras faixas de renda, houve leve crescimento na concessão de crédito. Para os que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil mensais, o crescimento da demanda por crédito em 2015 foi equivalente à média nacional, que foi de 1,0%. Para os que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, o aumento foi de 2,2%, e para os que possuem renda mensal entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, a alta foi de 1,3%.

Houve estabilidade na demanda por crédito nas camadas de rendas mais elevadas da população no acumulado de janeiro a dezembro de 2015: altas de 0,2% para os que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil e de 0,5% para aqueles que recebem mais de R$ 10 mil por mês.

De acordo com economistas, a alta da inflação, aliada aos esforços do consumidor em reduzir o endividamento, a escalada das taxas de juros e do custo do crédito, a alta do dólar e o grau reduzido da confiança dos consumidores, determinaram um desempenho enfraquecido da demanda do consumidor por crédito no ano de 2015, que cresceu apenas 1% em todo o ano passado, na comparação com 2014.

Ribeirão menor 

Em Ribeirão Preto a situação é menos animadora, já que o crédito diminuiu. Até o mês de setembro – o último com dados disponíveis -, as operações de crédito ficaram menores 12,6%, com R$ 13,8 milhões concedidos. A maior queda foram os empréstimos, que diminuíram 20,9%, seguidas por financiamentos (-16,9%) e créditos para o agronegócio (-11,5%).

O único setor que aparentou aumento foi o financiamento imobiliário (6,1%). Este, porém, é devido ao fato de as operações serem consideradas até a quitação das dívidas.

 

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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