Em 2015, ribeirãopretanos financiaram menos

Em 2015, ribeirãopretanos financiaram menos

Prestações imobiliárias desaceleraram e cresceram apenas 2%

A taxa de crescimento de financiamentos imobiliários no município de Ribeirão Preto desacelerou em 2015. De acordo com o Boletim Crédito do Ceper/Fundace, a cidade, que chegou a apresentar taxa de crescimento de 27% em fevereiro de 2014, terminou novembro de 2015 com crescimento de apenas 2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

A região também apresentou tendência parecida, já que Ribeirão Preto é responsável por, aproximadamente, 75% dos financiamentos imobiliários.

“O segmento imobiliário é um dos que mais vem sofrendo com a crise atual, pois a queda no crédito, a retração no emprego e na renda do trabalhador, além do cenário incerto em relação ao preço dos imóveis, vem afetando duramente a demanda por este tipo de bem”, afirma o pesquisador Luciano Nakabashi.

Ele aponta que o crédito imobiliário só não apresentou retração ainda maior devido ao longo ciclo entre o lançamento dos imóveis e a entrega das chaves, período em que as famílias buscam financiamento no banco.

“O arrefecimento nos lançamentos imobiliários nos últimos anos também irá refletir em uma contração nos financiamentos imobiliários ao longo de 2016 e 2017, pelo menos”, explica.

Em novembro de 2015, o mês que o estudo apresenta os dados mais recentes, as operações de crédito diminuíram 14,9% em Ribeirão Preto na comparação como o mesmo mês anterior, alcançando apenas R$ 13,3 milhões.

A maior queda foi apresentada em financiamentos em geral, que foi de 20,7%, cedendo aos investidores apenas R$ 2,1 milhões – ante R$ 2,5 milhões no mesmo mês do ano anterior. O agronegócio também apresentou retração nos empréstimos, que foi de 15,4%, com R$ 4 milhões disponibilizados aos produtores rurais.

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“A região ainda sente os efeitos da crise do setor sucroalcooleiro, que apesar de um cenário um pouco mais positivo em alguns aspectos, como a melhora do preço do etanol e do açúcar, ainda é bem difícil. Vários anos de um cenário adverso experimentado pelo setor levará tempo para ser recuperado”, afirma Nakabashi.

 

Foto: Arquivo Revide

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