Em 2016, Ribeirão Preto ganhou 28 novas empresas por dia
Em 2016, Ribeirão Preto ganhou 28 novas empresas por dia

Em 2016, Ribeirão Preto ganhou 28 novas empresas por dia

Cidade fechou o ano com 102.841 empreendimentos ativos, número 10% maior do que o total consolidado em 2015

O número de empresas ativas em Ribeirão Preto aumentou em 10,91% em um ano. A cidade fechou 2016 com 102.841 empreendimentos ativos ante 92.722 registrados em 2015. O número aponta uma média de 843 novas empresas em cada mês do ano passado, o equivalente a 28 postos abertos por dia.

Dados atualizados do Portal Empresômetro - ferramenta tecnológica que serve como censo das empresas portadoras de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) - apontam que Ribeirão Preto ocupa, em número de empresas ativas, o 4º lugar no ranking estadual (atrás apenas de São Paulo, Campinas e Guarulhos) e o 15º lugar no nacional. Além disso, 1,79% das empresas sediadas no Estado de São Paulo estão em Ribeirão Preto.

Questão de sobrevivência

O cenário positivo em Ribeirão Preto revela também uma tendência observada em outras cidades do país, de que a recessão econômica e o desemprego estão impulsionando o empreendedorismo não por oportunidade, mas por necessidade. Assim, as pessoas buscam empreender principalmente devido à perda de postos formais no mercado de trabalho, o que faz com que trabalhadores desempregados procurem, de forma autônoma, meios alternativos de geração de renda.

“O que notamos é que com as demissões provocadas pelas grandes corporações, muito por conta da crise econômica, surge o empreendedorismo de subsistência. O indivíduo que perde o emprego com carteira assinada procura uma atividade para que possa voltar a ter renda, uma vez que conseguir uma recolocação no mercado de trabalho está mais difícil”, destaca o professor do curso de administração do Centro Universitário Moura Lacerda, Antônio Marcelo Brandão.

De acordo com o professor, o aumento de novas empresas é impulsionado, em especial, pelo surgimento de novos microempreendedores. “Percebemos neste período de crise a abertura de muitos restaurantes, lojas de roupa, consultoria administrativa, além dos serviços de beleza, como cabeleireiro, manicure, maquiagem, massagem, entre outros. São atividades que requerem baixo investimento, cursos de curta duração e a pessoa aproveita a experiência adquirida no emprego anterior”, cita.

Entretanto, Brandão ainda ressalta que, embora a abertura de um negócio no cenário atual seja, muitas das vezes, uma questão de sobrevivência, falta ainda preparo técnico dos empreendedores na gestão do recurso financeiro investido. “Os empreendedores despreparados ficam vulneráveis aos problemas mais corriqueiros: falta de experiência em lidar com a burocracia estatal, administrar custos e oferecer qualidade no atendimento ao cliente. Resultado: muitos não sobrevivem”, conclui.


Foto: Pixabay

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