Em Ribeirão, preço de um mesmo remédio varia até 270%

Em Ribeirão, preço de um mesmo remédio varia até 270%

Procon divulga estudo realizado com 64 tipos diferentes de medicamentos

Em Ribeirão Preto, o custo de um mesmo medicamento pode variar até 270% de uma drogaria para outra, como constatou o Procon, em estudo de comparação de preços de remédios divulgado nesta sexta-feira, 3. O levantamento do órgão também aponta que os genéricos são 54,5% mais baratos do que os medicamentos de referência.

O levantamento, referente ao mês de maio, pesquisou os preços de 64 medicamentos, a serem 33 de referência e 31 genéricos, em nove drogarias no município, e constatou que grandes diferenças entre os preços praticados no mercado.

O Antak (Cloridrato de Ranitidina), remédio utilizado para o tratamento de úlceras gástricas e gastrite, foi o medicamento de referência que apresentou a maior variação de preços no município. Na drogaria que o vende mais barato, o custo é de R$ 30,36, já no lugar mais caro ele é vendido a R$ 52,64, variação de 73,3%. O valor médio praticado no mercado é de R$ 46,15.

Já entre os genéricos, a fórmula de Cloridrato de Propanolol é a que apresenta maior variação, de 272,3%. Na drogaria mais barata ele é encontrado a R$ 2,35, já na mais cara é vendido a R$ 8,75, diferença de R$ 6,40. O preço médio no mercado é de R$ 4,77.

O Procon aponta que essa variedade de preços é em razão de condições locais de mercado, rentabilidade da loja, condições comerciais de compra, de redes que não têm valores padronizados por serem franquias e também preços diferentes praticados nos diferentes canais de atuação das drogarias, como loja física ou vendas pela internet e telefone.

No Estado de São Paulo, o estudo foi feito em mais 11 municípios. Além de Ribeirão Preto, o órgão encontrou remédios com variação de mais de 1000% no valor. Em Campinas, por exemplo, o Procon encontrou o medicamento genérico Nimesulida, 100 mg, com 12 comprimidos, em um estabelecimento vendido por R$ 1,77, e em outro por R$ 23,14, com diferença é de 1207%.

Dicas

O Procon indica para os consumidores pesquisarem os preços dos produtos antes de adquiri-los na lista de Preços Máximos (PMC) dos medicamentos disponível no site da Anvisa ou em listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias.


Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

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