Está mais caro comer e beber fora de casa, aponta pesquisa

Está mais caro comer e beber fora de casa, aponta pesquisa

Segundo associação, aumento de preços foi causado pela inflação de alimentos e bebidas

Bares e restaurantes encerraram 2024 com preços maiores aos consumidores. Segundo a Asssociação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento foi causado por um cenário de forte pressão inflacionária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, divulgado nesta sexta-feira, 10, apresentou aumento de 1,18% para o grupo "Alimentação e Bebidas". 

 

No setor de alimentação fora do lar, refeições tiveram alta de 1,42%, acima do preço dos insumos, enquanto os lanches registraram um aumento de 0,96%. Um levantamento da Abrasel apontou que o setor de bares e restaurantes chegou a dezembro de 2024 com 59% das empresas operando sem lucro. A elevação dos custos, aliada à necessidade de manter preços competitivos, teria pressionado as margens já reduzidas.

 

"O repasse de custos tem sido criterioso para muitas empresas do setor. No entanto, enfrentamos um cenário de margens cada vez mais apertadas. Dados da nossa pesquisa mostram que 32% dos empresários não conseguiram reajustar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 59% fizeram ajustes iguais ou inferiores à inflação" afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

 

Quanto ao acumulado de 2024, a inflação do grupo "Alimentação e Bebidas", principais insumos do setor, foi de 7,69%, o que também teve um impacto direto nos negócios. A alimentação fora do domicílio subiu 6,29% no período, com as refeições avançando 5,70% e os lanches, 7,56%. 

 

Perspectivas para 2025

 

Apesar dos números de 2024, a expectativa é de que as vendas de fim de ano, impulsionadas pelas festas e pelo 13º salário, tenham ajudado o setor a iniciar janeiro em um patamar mais favorável. Além disso, 73% das empresas esperam aumentar as vendas no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com levantamento da Abrasel.

 

"Entramos em 2025 com a esperança de que o faturamento aumente, a inflação desacelere e o crescimento dos empregos e da renda continue a impulsionar boas vendas no setor. No entanto, os desafios permanecem, e será essencial continuar inovando e ajustando estratégias para encontrar um ponto de equilíbrio sustentável entre preços justos e rentabilidade", reforça Solmucci.


Foto: Elevate / Divulgação

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