Extintor facultativo prejudica revendendores de Ribeirão Preto

Extintor facultativo prejudica revendendores de Ribeirão Preto

Alguns reclamam por não terem sido avisados na hora das compras do equipamento; investimentos vão por água abaixo segundo lojistas

Revendedores de extintor sofrem com a queda na procura do produto na região de Ribeirão Preto. O prejuízo chega a ser irreparável, de acordo com algumas lojas. Em todo Brasil fábricas já demitiram 20% após o fim da obrigatoriedade do extintor ABC em carros de pequeno porte.

Com a passagem do equipamento de segurança a ser opcional nos carros, diversos vendedores e revendedores têm sofrido. Alguns chegam a vender o produto por um preço menor do que o gasto na compra direta do material nas fábricas.

De acordo com Silvio Rodrigues, da Universal Extintores em Ribeirão Preto, o prejuízo foi grande, já que a procura atualmente é zero. “Antes de o governo decretar como não obrigatório o uso do extintor ABC veicular, a demanda era alta. Vendíamos em média de 100 a 200 extintores deste modelo em apenas dois dias. Então, com a procura constante, decidimos investir, compramos 500 extintores de uma só vez. Isto foi um pouco antes da lei não ser mais obrigatória. Apenas 100 foram vendidos. O resto está parado”, declara o homem.

A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que torna facultativo o uso de extintores de incêndio em carros, caminhonetes, camionetas e triciclos de cabines fechadas foi anunciada no dia 17 de setembro e publicada no Diário Oficial no dia 18. Com a nova legislação, quem produz extintores já está tomando medidas para adequar a produção com a redução da demanda.

Leia mais sobre a mudança na legislação aqui.
A associação dos fabricantes de extintores (Abiex) ainda não consegue estimar a queda nas vendas, mas já afirmou que parte dos 10 mil trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva perderão o emprego.

Outro vendedor, que não quis se identificar, disse que a empresa em que trabalha não foi noticiada pelo Conatran sobre o uso opcional por parte dos motoristas. Assim, sua empresa investiu e hoje o lucro não existe.

Revide Online
Pedro Gomes
Fotos: Julio Sian

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