
Fenasucro anuncia parceria com categoria que pretende ter ‘novo Senna’
Parceria da feira que acontece em Sertãozinho com Fórmula Inter conta com tecnologia desenvolvida em São Paulo e carros movidos a etanol
À espera do presidente interino Michel Temer (PMDB) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a Fenasucro, que começa no dia 23 de agosto, em Sertãozinho, anuncia parceria com nova categoria de automobilismo, que espera preencher uma lacuna no cenário do esporte a motor nacional para ter “novo Senna” e ter corridas em Ribeirão Preto e Sertãozinho.
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O diretor geral da Fórmula Inter, Marcos Galassi, acredita que o projeto se destaca sobre os outros, que surgiram nos últimos anos, como a Fórmula Futuro e Fórmula Renault, ambas ligadas a montadoras de automóveis, por ser um projeto que busca ser uma solução para os jovens pilotos que não têm alternativa para competir no Brasil, e para trazer de volta aqueles que não obtiveram sucesso no exterior.
“Nossa diferença fundamental está esta baseada em uma lógica muito simples, a lógica do mercado. Não somos apoiados por nenhuma montadora, ou programas de incentivo ao esporte, e nem dependemos de nenhum grande milagre econômico para sobreviver. O que nós temos é um grande produto a um bom preço”, destaca Galassi.
Ele também disse que a nova categoria será uma luz para o esporte motor nacional, que nos últimos anos passa por momentos de baixa, que refletem a Fórmula 1, por exemplo, no qual o País passa pelo momento de maior jejum de quase sete anos sem vitórias na principal categoria do automobilismo mundial.
“O ‘novo Senna’, que é formado no kart, depois não tem mais espaço no Brasil, não tem para onde ir e migra para o exterior. Temos o intuito de receber o jovem que sai do kart, mas também de receber aquele ‘velho’ piloto, que já está na casa dos 26 anos, que disputou Fórmula 3 na Europa, não deu certo por lá, mas ainda tem o sonho de competir profissionalmente. Nosso intuito é ser uma categoria democratizadora de acesso ao automobilismo”, conclui.
A Fórmula Inter tem o projeto desenvolvido por estudantes de engenharia e 95% dos componentes dos carros foram desenvolvidos e fabricados no Estado de São Paulo. Conta com motor 2.0, de quatro cilindros e 16 válvulas, e além de ser movido a etanol, assim como a Fórmula Indy, nos Estados Unidos, chega a velocidade de até 250 quilômetros por hora, auferida nos primeiros testes no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. As disputas da nova categoria devem começar em 2017, e Galassi planeja que Ribeirão Preto e Sertãozinho possam ter corridas realizadas nesses municípios.
Foto: Leonardo Santos