Grupo de aeroportos liderado pelo Leite Lopes é arrematado em leilão por R$ 14,7 milhões
Leilão dividido em blocos faz parte de uma série de contratos de concessão público-privadas que busca diminuir distâncias

Grupo de aeroportos liderado pelo Leite Lopes é arrematado em leilão por R$ 14,7 milhões

Com investimentos previstos de R$ 266,5 milhões, aeroportos passam a ser administrados pelo Consórcio Voa NW-Voa SE

O grupo de aeroportos do Estado de São Paulo liderado pelo Leite Lopes, de Ribeirão Preto, foi arrematado em leilão na antiga Bovespa, em São Paulo, nessa quinta-feira, 15, por R$ 14,7 milhões pelo Consórcio Voa NW-Voa SE, da empresa Voa-SP. Nos próximos 30 anos, o aeroporto de Ribeirão terá um investimento de R$ 130 milhões para melhorar a operação e adequar o terminal à regulação.

O leilão dividido em blocos – Sudeste e Noroeste –, colocou à venda a licitação de 22 aeroportos, que até então eram administrados pelo Governo do Estado. Esse evento faz parte de uma série de contratos de concessão público-privadas, que busca diminuir as distâncias com o aumento de investimentos.

“Estamos completando aqui nosso oitavo contrato de concessão de parceria público-privada. Isso reforça o compromisso de um Estado menor, mais enxuto e eficiente, voltado para o atendimento das prioridades do serviço público nas áreas da saúde, educação e segurança”, afirmou o vice-governador do estado, Rodrigo Garcia.

O contrato de 30 anos com o consórcio prevê, em Ribeirão Preto, o investimento de R$ 130 milhões para obras como a recuperação da pista de pouso e decolagem (recapeamento, pintura e iluminação), estacionamento para veículos e medidas contra o ruído aeronáutico. “Geração de emprego e renda, além de mais desenvolvimento, para que tenhamos um terminal aeroportuário da dimensão e da importância que a cidade de Ribeirão Preto precisa e merece”, afirmou o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), que esteve na na sede da B3 para acompanhar o leilão nessa quinta.

Ao todo são R$ 266,5 milhões nos 11 aeroportos do grupo, investimento que pretende gerar um crescimento superior a 230%. “Um ótimo resultado. A chegada do investidor privado vai gerar um aumento de capacidade dos aeroportos impactando na oferta de voos e, consequentemente, uma alta significativa de desenvolvimento econômico e social dos municípios, o que gera emprego e renda para todos os brasileiros”, disse o Secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto.

Licitações

Estavam participando do leilão empresas nacionais e estrangeiras, assim como consórcios, instituições financeiras e fundos de investimentos. Mais do que oferecer o maior valor de compra, o vencedor das licitações teve que comprovar uma qualificação técnica que permite uma gestão aeroportuária.

A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) passa a ser agência reguladora do contrato de concessão.

Com caráter de concorrência internacional e prazo de operação de 30 anos, o contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos.

*Texto: Laura Oliveira com supervisão de Raissa Scheffer


Foto: Governo de São Paulo

Compartilhar: