Inadimplência cai em Ribeirão Preto
Inadimplência do consumidor na cidade Ribeirão Preto diminuiu 3,7% no acumulado do ano, diz Boa Vista SCPC
A inadimplência do consumidor na cidade de Ribeirão Preto caiu 3,7% no acumulado do ano, de acordo com os dados da Boa Vista SCPC, publicada nesta quarta-feira, 31. Ao todo, cerca de 40% - perspectiva similar a nacional - da população de Ribeirão Preto deixou de pagar alguma conta no mês de julho. Na comparação com junho, a queda foi de 2,4%.
Na comparação entre interanual, que leva em consideração os meses de julho de 2016 e 2015, houve queda de 2,6%. Na região, a queda da inadimplência este ano já é de 4,2%, o que vai no sentido contrário do restante do País, que viu um aumento de 1,5% este ano, na comparação com o ano anterior.
O número de brasileiros negativados atingiu 58,9 milhões no último mês de julho. Mesmo assim, a quantidade representa 200 mil consumidores em situação de inadimplência a menos do que o registrado em junho, quando eram cerca de 59,1 milhões. O que é considerado elevado pelos economistas, por representar 39,57% da população adulta do País.
Segundo o SPC Brasil, a abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia mostra que o brasileiro ainda enfrenta dificuldades para realizar o pagamento de contas básicas. O maior avanço no número de dívidas foi com as empresas concessionárias de serviços como água e luz, cuja alta atingiu 8,33% na comparação anual.
“Além da maior dificuldade do consumidor em arcar até mesmo com suas contas básicas, em meio à crise econômica, as empresas desses serviços mostram mais disposição em negativar os consumidores inadimplentes como forma de acelerar o recebimento dos compromissos em atraso. Tem se tornado mais comum que essas empresas negativem o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do residente antes de realizar o corte no fornecimento”, afirma a economista do SPC, Marcela Kawauti.
Pagar as dívidas
A pesquisa Perfil do Inadimplente Brasileiro, também do SPC, mostra que quase metade dos brasileiros inadimplentes (46,5%) não têm condições de pagar suas dívidas em atraso nos próximos três meses.
Os motivos são o endividamento (24,4%), desemprego (16,4%) ou o fato de a renda ter diminuído (20,4%). Apenas uma em cada cinco pessoas entrevistadas (20,6%) tem intenções de pagar e reúne condições para quitar as dívidas integralmente nos próximos 90 dias.
Foto: Arquivo Revide
