Inadimplência cresce entre os consumidores ribeirãopretanos, aponta pesquisa
O número de devedores é maior do que os de 2017

Inadimplência cresce entre os consumidores ribeirãopretanos, aponta pesquisa

Segundo o economista Gabriel Couto, os dados de atividade, emprego e crédito da cidade não estão tão distantes do restante do Estado e do país

Segundo o Indicador de Registros de Inadimplentes do relatório Indicadores Econômicos Regionais de Inadimplência e Recuperação de Crédito do Consumidor, divulgado pela Boa Vista SCPC, a inadimplência do consumidor de Ribeirão Preto aumentou 1,3% em março deste ano, na comparação com o mês de fevereiro.

No resultado acumulado, a inadimplência avançou 1,2%, enquanto na variação em relação ao mesmo período de 2017, o indicador elevou 3,3%. A recuperação de crédito do consumidor, por sua vez, subiu 0,6% em relação ao mês fevereiro. Já a recuperação avançou 4,2%.

O economista do Núcleo de Inteligência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Gabriel Couto, explica que os dados de atividade, emprego e crédito da cidade não estão tão distantes do restante do Estado e do país. O emprego, inclusive, tem mostrado sinais de aceleração na Região Metropolitana, o que aparentemente é contraditório com um aumento da inadimplência, avalia o economista.

“O resultado surpreende por mostrar que o registro de inadimplentes cresceu na região, na contramão do observado nacionalmente. Adicionalmente, assim como o registro de inadimplentes, a recuperação do crédito também cresce mais aqui do que no restante do Brasil. Como estes são dados de fluxo, é natural que haja alguma alta com a retomada das vendas”, explica Couto.

Outro fator a ser considerado, esclarece o especialista, é que a combinação de aumento no registro de inadimplentes somado ao da recuperação de crédito, na prática, pode representar estabilidade ou até queda de devedores. “As regiões mais próximas também mostram comportamento semelhante (Araraquara, São Carlos e Franca), indicando que não é um fator específico de Ribeirão. Em suma, o período atual, ainda, é de grande incerteza e retomada inicial da economia”, completa Couto.


Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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