Índice de preços do mercado sobe 0,87% em dezembro 
Estudo da Fundação Getúlio Vargas foi divulgado nesta quarta, 29 de dezembro 

Índice de preços do mercado sobe 0,87% em dezembro 

No ano, o índice acumulou alta de 17,78%, entre janeiro e dezembro de 2021, segundo publicação da FGV 

Segundo publicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), subiu 0,87% no mês de dezembro. Entre janeiro e dezembro de 2021, o índice acumula alta de 17,78%. Em 2020, a alta no índice foi de 23,14% entre janeiro e dezembro. 

O IGP-M é um indicador mensal do nível de atividade econômica no país, englobando os principais setores da economia, e é utilizado por empresas de telefonia e de energia elétrica, como indexador de contratos de empresas prestadoras de serviços, além de ser referência para o setor imobiliário para reajuste de contratos de aluguel.  

“A maior contribuição para o resultado do IGP-M de dezembro partiu do índice ao produtor. O resultado deste mês foi influenciado pela aceleração dos preços de bovinos, reflexo da demanda doméstica e da retomada das exportações e, pela aceleração dos preços de safras afetadas por geadas e seca, como café e cana-de-açúcar. Esses últimos itens também ajudam a explicar a elevação de 20,57% acumulada pelo IPA em 2021. Os preços da cana-de-açúcar avançaram 57,13% no ano, enquanto o preço do café subiu 152,35%, no mesmo período” explica o economista André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV. 

Apesar da alta neste mês, o economista Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) explica que a tendência do indicador é de baixa para 2022.  

“O IGP é utilizado na questão dos ajustes dos aluguéis e de contratos de compra de imóvel e de terrenos, e é baseado em uma cesta de consumo das famílias de até quarenta salários mínimos. Ele reflete muito a questão do custo de vida das pessoas. Então ele pressiona um pouco essas famílias. Mas cabe lembrar, o IGP veio desacelerando. Nos últimos três meses anteriores ele veio próximo de zero. A tendência ao longo de 2022 é de uma queda do acumulado de 12 meses, chegando ao final do ano a 5% mais ou menos. Então está nesse processo de queda e a tendência é continuar”, explica o professor.


Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil 

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