Mais enxuto, Dia das Mães é alívio para o comércio

Mais enxuto, Dia das Mães é alívio para o comércio

Acirp espera que comércio receba mais de R$ 40 milhões às vésperas da data

O Dia das Mães está chegando – este ano comemorado no dia 8 de maio -, e, mesmo com a crise e com a velha ideia de que “o presente não importa”, a expectativa é sempre pelo aumento das vendas no comércio.

De acordo com a Pesquisa Dia das Mães, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), divulgada nesta quinta-feira, 28, a data, uma das mais aguardadas pelos lojistas, deve despejar até R$ 40,7 milhões no comércio local.

Mesmo com a expectativa baixa para os lojistas, como Daniel Ghiotti. Ele aponta que a data é a segunda mais rentável para a loja de roupas femininas plus size, que dirige, no Centro de Ribeirão Preto, só perdendo no Natal.

“Ano passado já não foi o esperado, e esse ano, acho que todo mundo já sabe que não vai ser bom quanto foi há dois anos. Mas sempre é uma época em que dá para ‘respirar’ melhor”, afirma Daniel, que confirma levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) o Índice de Confiança do Comércio (ICC), que mostra o pessimismo dos comerciantes.

O ICC caiu 0,5 ponto entre março e abril deste ano e chegou a 66,6 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, já a satisfação dos entrevistados com seus negócios recuou 6,6 pontos, embora a expectativa para os próximos meses tenha aumentado, em 1,5 ponto.

A pesquisa da Acirp também mostra que 62%, dos 685 entrevistados, pretendem comprar algo para presentear a mãe, com o ticket médio de R$ 122,18, mesmo assim, 66% dos consumidores afirmam que gastarão no máximo R$ 100.

Como o jornalista Matheus Camerro, que acha bom sempre dar “uma lembrancinha”, como uma cesta de Café da Manhã. “Eu não compro coisas muito caras, porque minha mãe faz aniversário duas semanas depois. Costumo comprar a cesta até por isso, mas com o frio chegando mais cedo este ano, acho que vou comprar algo para o inverno”, conta Matheus.

Ele explica que é melhor abrir a carteira, senão a cobrança pode vir. “Mas é uma coisa que não dá para deixar de fazer. Passar o Dia das Mães sem alguma lembrança é complicado. A mãe pode não ‘cobrar’ diretamente, mas sempre o assunto vai à tona”, se diverte.

A mesma tática vai seguir a estudante Natalie Silva, que, para não gastar muito, até por que está à procura de emprego, ela irá apelar para irmã e para o pai para não esquecer do outro membro da família.

“Vamos em uma loja e ver o que está mais em conta. Eles colocam num embrulho super-fofinho, aí é sucesso, mas é uma coisa que sempre faz né: não dá para deixar de fazer, por mais simples que seja”, conta Natalie.
 

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

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