Mais pobres, ribeirãopretanos estão mais otimistas

Mais pobres, ribeirãopretanos estão mais otimistas

Pesquisa da Acirp mostra que salário médio daqueles que têm carteira assinada caiu 0,2% desde o fim de 2015

O ribeirãopretano está mais disposto de gastar dinheiro nos próximos meses, entretanto, a expectativa financeira está pior, revela o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), da Associação Comercial e Industrial (Acirp), divulgado nesta quarta-feira, 6.

O índice alcançou 57,5 pontos, dez a mais na comparação com o último levantamento, realizado em novembro, e 16,6 a mais do questionário feito em fevereiro de 2015 – o pior da história. O economista responsável pelo estudo, Fred Guimarães, acredita que isso é devido à melhora da percepção do mercado de trabalho.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, nos dois primeiros meses de 2016 foram criadas 618 vagas no município, o que segundo o economista dá “esperança de que podemos ter um ano melhor”.

“Embora tenha ocorrido queda no número de oportunidades, a quantidade de demissões estabilizou nos últimos meses, o que sugere a possibilidade de recuperação da economia, isso na medida que vislumbramos a reação do investimento e abertura de novos negócios”, completa.

Entretanto, os salários estão menores em Ribeirão Preto. Em fevereiro, os empregadores gastaram R$ 486,1 milhões com os vencimentos dos funcionários com carteira assinada – média salarial de R$ 2.246 -, em dezembro de 2015 foram R$ 505,6 milhões - média de R$ 2.337.

Neste cenário, a perspectiva de consumo no comércio e nos shoppings da cidade melhorou no início deste ano. De acordo com a pesquisa, 20,3% dos entrevistados tem a intenção de comprar equipamentos eletrônicos, como aparelhos de dvd , blue ray, câmeras fotográficas, televisões. Há um ano, esse índice era 15,5%.

Já um terço (27,4%) dos 685 entrevistados disse que pretende comprar novos celulares e smartphones - em fevereiro do ano passado era 20,3%. Já a perspectiva de compra de materiais de construção saltou de 14,8% para 17,3%, e matrículas em cursos de idiomas subiram de 9,4% para 13,8% e, linha branca de 10,8% para 16,7%.

Outras categorias, como eletrodomésticos, computadores, motos, roupas e calçados permaneceram estáveis. Já aqueles que pretendem adquirir carros diminuiu, passando de 16,5% para 14,5%.
 

Foto: Pedro Gomes

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