Outubro vende menos e comércio aposta no fim de ano para se recuperar
Outubro vende menos e comércio aposta no fim de ano para engatar recuperação

Outubro vende menos e comércio aposta no fim de ano para se recuperar

Setor de Vestuário foi o único a apresentar variação positiva; nível de emprego teve leve queda com perspectiva de alta por conta das contratações temporárias

O comércio de Ribeirão Preto teve queda de -3,57% nas vendas em outubro de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sincovarp – Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região.

Entre as empresas entrevistadas, 66,6% declararam que as vendas de outubro deste ano ficaram abaixo das do mesmo mês de 2015, enquanto 27,1% afirmaram o contrário e 6,3% disseram que foram equivalentes.

“Essa redução interrompe a reação iniciada em agosto (-2,27%) e setembro (-1,60%), quando as vendas passaram a ‘cair menos’. O otimismo para as vendas de fim de ano diminuiu, mas ainda há possibilidade de que muitos consumidores tenham segurado as compras do Dia das Crianças para investir um pouco mais no Natal”, destaca Marcelo Bosi Rodrigues, economista do Sincovarp e responsável pela pesquisa.

Setorial

O setor de Vestuário foi o único que apresentou aumento de vendas (+3,15%), em outubro. Em baixa, ficaram os setores de Móveis (–10,06%), Cine/Foto (-6,26%), Eletrodomésticos (-5,47%), Livraria/Papelaria (-5,08%), Tecidos/Enxoval (-3,60%), Calçados (-1,95%), Ótica (-1,45%) e de Presentes (-1,40%).

Emprego

O índice de postos de trabalho caiu-0,48%, em média, em outubro. Entre as empresas entrevistadas, 93,7% mantiveram o número de funcionários durante o mês, enquanto 6,3% demitiram e nenhuma das entrevistadas declarou ter contratado. Os setores que mais reduziram o quadro de colaboradores foram os de Livraria/Papelaria (-2,28%), Tecidos/Enxoval (-1,43%) e de Eletrodomésticos (-1,14%).

Análise

Segundo Rodrigues, de fato a expectativa de que a economia poderia voltar a se recuperar, ainda em 2016, tem caido por terra. “Praticamente todas as iniciativas tomadas até agora prometem uma melhoria no longo prazo. Poucas têm tido efeito imediato e, infelizmente, em economia é assim. Daí, a necessidade de se manter uma política econômica responsável e consistente”, diz.

Ainda de acordo com o economista, a mudança de rumos promovida pelo atual governo teve muita influência sobre as expectativas dos agentes econômicos, o que trouxe uma leveza no clima. “Mas só as expectativas não são capazes de reverter o estrago feito pelo aumento do desemprego. Com emprego e renda em baixa, a reação econômica sofre para acontecer”, finaliza.


Foto: Arquivo Revide

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