Para diminuir prejuízos do feriado prolongado, o jeito é abrir as portas em Ribeirão
Para minimizar prejuízos, comerciantes em Ribeirão Preto abrem as portas após feriado de Nossa Senhora

Para diminuir prejuízos do feriado prolongado, o jeito é abrir as portas em Ribeirão

Estudo da Fecomércio-SP aponta que feriados prolongados em 2017 podem gerar prejuízos de até R$ 10,5 bilhões ao comércio no País

Feriado prolongado? Não é bem isso que acontece em Ribeirão Preto após a quinta-feira de Nossa Senhora Aparecida, comemorada no último dia 12. Nesta sexta-feira, 13, o comércio em Ribeirão Preto funciona normalmente, como qualquer dia da semana. Isso para escapar do prejuízo de manter as portas fechadas.

No início deste ano, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio -SP) calculou que a grande quantidade de feriados prolongados em 2017 poderia gerar prejuízos de R$ 10,5 bilhões ao varejo brasileiro. Uma perda de receita que cresceu 2%, na comparação que os “prejuízos dos feriados prolongados” trouxeram ao país no ano de 2016.

O dano é tão grande, que a entidade chegou a emitir comunicado pedindo para que fosse revista a forma como os feriados prolongados são aplicados no Brasil no período em que o país passa por uma recessão econômica. A diminuição das emendas em feriados, segundo a Fecomércio, aumentaria a produtividade na economia.

E essa tentativa de se escapar da recessão pode ser vista nas ruas de Ribeirão Preto. O gerente de uma loja de ferramentas Wesler Benzoni lembra que, abrindo ou não abrindo a empresa, o custo operação fixo continua existindo, e que, por isso, seria inviável parar, em razão do feriado.

“Nós temos este custo, seja ele com empregado, com fornecedor ou com aluguel. Quando aparece um dia na semana que fica vinculado ao feriado, e não funcionarmos, uma hora a conta vai vir. Ainda mais hoje, em que os impostos estão um pouco mais altos e muita coisa agregada, fica inviável ficar fechado”, comentou o comerciante.

A mesma opinião é a de Renata Perez e Eulo Aun, que trabalham em uma loja de automóveis. Ela conta que nestes dias, por mais que a loja esteja aberta, cai o número de clientes, porém, Renata lembra que esta sexta é um dia útil, e que os bancos e financeiras abrem da mesma forma. Além disso, para escapar da crise, segundo ela, é preciso colocar a mão de massa.

“Esse ano todo mundo correu muito atrás, e isso vai se estender por um período ainda. Nós não podemos nos dar ao luxo de emendar esses feriados. Tem que manter a porta aberta e ir trabalhar”, pontua Renata.


Foto: Amanda Bueno

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