PIB cresce 0,9% no segundo trimestre
Foto: Freepik (Ilustrativa)

PIB cresce 0,9% no segundo trimestre

Nos primeiros três meses do ano, a economia cresceu 1,9%

A economia brasileira tem mostrado força na sua contínua crescente neste segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,9% em relação aos três primeiros meses de 2023. O dado foi divulgado nesta sexta-feira, 1 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



 

O desempenho do PIB ficou dentro do esperado pelas projeções feitas pelo Broadcast, onde o intervalo variava de queda de 0,1% a alta de 1,1%, tendo um resultado acima da média, ou seja, 0,3%. Se comparado com o mesmo trimestre de 2022, o avanço foi de 3,4%. 



 

Nos três primeiros meses do ano, a economia brasileira cresceu 1,9%, incentivada pela expressiva alta de 21,6% da agropecuária. Apesar de ser um crescimento menor no segundo trimestre, a atividade foi positiva, segundo economistas.



 

Nos últimos meses, com a divulgação dos indicadores do segundo trimestre, os dados divulgados de comércio, serviços, indústria e mercado de trabalho, ficou clara a resiliência da economia. Uma parte das projeções apontava para uma queda do PIB em comparação com o último trimestre. 



 

Essa resiliência na economia pode ser explicada tanto por fatores externos como por fatores internos. Internamente, o aumento da transferência de renda pelo Governo por meio do Bolsa Família, o reajuste do salário mínimo acima da inflação e a antecipação do 13º salário mínimo para os aposentados ajudaram a compensar o aperto monetário em vigor no país. Já os fatores externos, a atividade global mostrou sinais de força, sobretudo nos Estados Unidos, contribuindo para as exportações do país. 



 

Sobre a demanda, o bom desempenho do mercado de trabalho ajudou a sustentar o ritmo de consumo das famílias e as exportações também contribuíram, diante do cenário externo mais positivo. 



 

Segundo os economistas, o desempenho da economia pode ser dividido em dois momentos: se no primeiro semestre foi de crescimento, o segundo deverá ser de desaceleração, podendo fazer o PIB recuar. No restante do ano, o cenário internacional deve ser mais difícil, já que as principais economias mundiais devem desacelerar. Outro fator que pode contribuir para a desaceleração é o aperto monetário. A queda da taxa básica de juros (Selic) leva um tempo para beneficiar a economia e só deve representar um alívio apenas em 2024.

 

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