Política ainda deixa ribeirãopretanos receosos com economia
Política ainda deixa ribeirãopretanos receosos com economia

Política ainda deixa ribeirãopretanos receosos com economia

Intenção de compras e perspectiva de melhora apresentam baixo crescimento no mês de maio

Mesmo com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), e com a intenção do presidente interino Michel Temer (PMDB) de fazer crescer a confiança dos empresários, buscando uma melhora na economia do País, os ribeiraopretanos ainda estão receosos com o futuro e por isso não querem abrir a carteira nos próximos meses, como revela o Índice de Expectativa dos Consumidores (IEC), da Associação Comercial em Industrial (Acirp).

Levantamento referente ao mês de maio, divulgado nesta quarta-feira, 22, mostra que a intenção de compras dos consumidores para os próximos três meses cresceu apenas 0,5 ponto. O IEC atingiu 57,6 pontos, ante os 57,5 em fevereiro – a escala vai até 100. Ainda assim, o índice é bem menor que o registrado em pesquisa realizada há um ano, quando marcava 66,9 pontos.

Para Fred Guimarães, economista responsável pelo estudo, o resultado de maio mantém o indicador de otimismo ainda moderado, e reflete a situação atual do emprego, que ainda é de perda de vagas. Em razão de tudo isso, a melhora não é grande, mas ainda é esperado que a renda melhore nos próximos três meses.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano o mercado de trabalho em Ribeirão Preto perdeu 644 vagas formais de emprego - um cenário bem pior do que o do ano passado, quando houve acréscimo de 187 vagas. Além disso, as ofertas de trabalho foram bem menores, pois em um ano caíram de 39,2 mil opções para 30,7 mil - uma queda de 21,77%, o que de acordo com Guimarães é fruto da crise econômica e política.

“Os impactos da crise econômica e política arrefeceram a disposição para contratar por parte dos empresários e desestimularam os trabalhadores a trocarem de emprego, o que causou impacto na taxa de rotatividade do mercado de trabalho”, completa.

Renda melhor, mas com temor

O IEC ainda revela que 46,2% dos trabalhadores que estão no mercado têm medo de perder o emprego nos próximos meses, quantidade maior do apresentado na última pesquisa, em fevereiro, quando eram 42%.

Ainda assim, eles esperam que a renda familiar possa crescer ainda este ano – um aumento de 9% em fevereiro que passou para 13% em maio. Apenas 6% acreditam que a situação econômica piore nos próximos meses, no último levantamento eram 10%.


Foto: Julio Sian

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