Preço do etanol caiu quase 20% no primeiro bimestre de 2017
Preço do etanol caiu quase 20% no primeiro trimestre de 2017

Preço do etanol caiu quase 20% no primeiro bimestre de 2017

Vários fatores favoreceram a queda, como a redução na demanda e o início da safra

O preço do etanol hidratado, que é o vendido nos postos, e o etanol anidro, aquele misturado à gasolina, caiu quase 20% no primeiro bimestre de 2017. A queda nos preços veio por uma série de fatores. O primeiro deles foi o fim da isenção do PIS/Cofins no preço do combustível.

Os produtores estavam isentos da tributação desde setembro de 2013, por meio de uma lei federal. A príncipio, com o retorno da cobrança, que aconteceu no primeiro dia de 2017, o preço do etanol subiu em média 12 centavos por litro.

"Isso fez com que o etanol perdesse a competitividade com a gasolina, criando uma redução de quase 50% demanda em fevereiro. É uma questão de mercado. Se a demanda abaixa, os produtores são obrigados a diminuir o preço", é o que explica o diretor do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombústives (CEISE), Antônio Tonielo Filho.

A segunda razão para a queda do combústivel foi o início da safra da cana-de-açúcar. Naturalmente os preços tendem a diminuir a partir do segundo trimestre do ano. "Mas tudo depende do clima. Geralmente os preços diminuem entre março e maio. Como o preço já está muito baixo, a oscilação nao será tão grande", observa Tonielo.

Por fim, em 2016 e no início de 2017, o Brasil importou muito etanol dos Estados Unidos. Essa medida fez com que o mercado reagisse de imediato e baixasse o preço para competir com o combústivel estrangeiro.

Aplicativo

O preço da gasolina cai quando o etanol anidro está mais barato. Contudo, em Ribeirão Preto, o preço também caiu por conta da tecnologia. Um aplicativo de descontos está pressionando as distribuidoras a reduzirem os preços para se manterem competitivas.

Apesar disso, nem todos os postos da cidade aderiram ao desconto, “A disputa no caso não é dos donos de posto. É uma briga entre as grandes distribuidoras. Como o aplicativo é regional, elas conseguem subsidiar uma margem de lucro para os postos da região enquanto mantêm o seu lucro em outros estados”, esclarece o o vice-presidente da Brascombustíveis, Renê Abbad

 


Foto: Arquivo Revide

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