Reajuste na conta de água pesa na inflação de agosto em Ribeirão Preto

Reajuste na conta de água pesa na inflação de agosto em Ribeirão Preto

Reajuste de 20,4% representou um terço do aumento do IPC; serviços estão 11% mais caros

O reajuste de 20,4% no preço das contas de água e esgoto dos ribeirãopretanos foi crucial para inflação de 0,35% registrada na cidade no mês de agosto, na comparação com julho. Só o aumento desta conta representou com um terço do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), aferido pela Associação Comercial e Industrial (Acirp).

O aumento para o mês segue a tendência de outros anos. Em 2011, a inflação para agosto foi de 0,82%, no ano seguinte foi de 0,73% e em 2013 de 0,01%, apenas em 2014 houve deflação, de 0,09%. No oitavo mês do ano geralmente ocorrem reajustes de impostos, e por isso o crescimento dos índices, de acordo com economistas.

Os reajustes de 3,18% no preço da gasolina e 6,78% na pedida pelo etanol, também puxaram para cima o IPC. Em 2015, a inflação acumulada no município é de 5,65%, no ano passado, nos primeiros oito meses do ano, o índice indicava aumento de 3,23%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação alcançou 6,45% em Ribeirão Preto.

Outro fator de grande influência para o crescimento da inflação em agosto foi o preço dos alimentos. A carne bovina ficou 0,6% mais cara, o frango teve aumento de 0,7%, o café 1,1%, ao açúcar 0,4%, o pão francês, devido ao trigo importado, que sofre com o dólar mais caro, aumentou 0,5%.

Além disso, as bebidas também ficaram mais caras, com 0,5%, assim como alimentos industrializados, com acréscimo de 0,52% e a alimentação em bares, restaurantes e lanchonetes, que estão quase 1% mais custosas.

Em compensação, o feijão (-1,3%), o leite (-0,9%), produtos semi-elaborados (-0,5%), como iogurtes e outros derivados do leite, e o arroz (-0,1%) tiveram deflação em agosto.

Outros produtos que ficaram mais baratos foram as passagens aéreas (-8,1%), carros novos (-0,3%) e usados (-2,4%) e produtos eletrônicos, como computadores (-1,1%), ficaram mais em conta.

Serviços mais caros

Já os produtos monitorados, que são referentes ao setor de serviços e profissionais liberais, como advogados e arquitetos, por exemplo, tiveram aumento de 11,93% apenas em 2015, e 1,9% em agosto. No acumulado dos últimos 12 meses, esse índice ainda é maior, de 16%, lembrando que o setor de serviços é um dos principais setores da economia ribeirãopretana, empregando mais de 116 mil pessoas.

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Leonardo Santos
Fotos: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

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