Ribeirão Preto registra queda na média salarial em contratações de 2019
A média salarial das dez funções com mais admissões foi de R$ 1.235,296

Ribeirão Preto registra queda na média salarial em contratações de 2019

No primeiro trimestre do ano, nos dez cargos que mais contrataram na cidade, redução foi de 4%, segundo Ministério do Trabalho

O salário médio de quem conseguiu um emprego neste ano está mais baixo em Ribeirão Preto. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, a média salarial das dez funções com mais admissões, no primeiro trimestre de 2019, foi de R$ 1.235,296, 4% menor do que o registrado no mesmo período de 2018, quando o valor era de R$ 1.285,541.

Para Carlos Elias, economista e consultor de empresas na área de finanças, isso é um efeito natural em função da taxa de desemprego. "Nós temos uma oferta, muito grande, de mão-de-obra, mas temos uma baixa demanda. Então, naturalmente, a remuneração sofre uma pressão para baixo", comenta.

Além disso, Elias ressalta que, caso o governo consiga colocar em prática as reformas necessárias, a expectativa é de que esse quadro se reverta. "Se isso ocorrer, esperamos que haja uma melhora na expectativa do mercado. Porém, atualmente, nós vivemos um momento de incerteza e, com isso, é natural que as empresas sejam mais conservadores, tanto no ponto de vista de investimentos, quanto na decisão de contratação", diz o economista.

Desligamentos

A função que  mais contratou, nos primeiros três meses do ano, foi a de Faxineiro, porém, foi também a segunda que mais teve desligamentos. Por conta disso, o saldo de empregos gerados acabou sendo negativo. O caso dos Vendedores de Comércio Varejista é similar. A categoria foi a que contou com maior número de desligamentos, em contrapartida, foi a segunda com mais admissões de funcionários.

Contudo, de acordo com Paulo César Garcia Lopes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp), essa quantidade de demissões, no início de todo ano, é esperada. “Esse aumento de desligamentos, no primeiro trimestre, é comum no comércio. É esperado. Principalmente, por conta das contratações temporárias feitas em novembro e dezembro. Além disso, os três primeiros meses do ano são os piores no ponto de vista do comércio. Neste período há férias, impostos para pagar e vários outros gastos. Então consome-se menos”, informa.

Apesar de haver grandes dispensas de trabalhadores, contrata-se tanto quanto. Deste modo, gera-se um reciclagem no quadro de funcionários. Para Lopes, essa atualização se dá em função da recuperação que o comércio precisa fazer. “Nos últimos quatro anos, instaurou-se uma ociosidade enorme na indústria. As empresas estão trabalhando com um número mínimo de funcionários. Então, qualquer data importante do comércio que alavanque as vendas, há contratações. Nós já chegamos no fundo do poço, em relação a demissões”, finaliza.

Maiores saldos e salários

Entre as funções que tiveram maiores saldos de empregos - mais contratações do que demissões e empregos efetivamente gerados - está a de Assistente Administrativo, Auxiliar de Escritório, Servente de Obras, Recepcionista em Geral, Motorista, Almoxarife, Auxiliar de Desenvolvimento Infantil e Vendedor do Comércio Atacadista. Em média, esses cargos tiveram salário de contratação de R$ 1.066,80.

O maior salário de contratação registrado neste ano em Ribeirão Preto, segundo o Ministério do Trabalho, foi para Diretor de Produção e Operações de Alimentação. Um profissional foi contratado na cidade para esse cargo com um salário de R$ 51.571. Já o menor salário registrado foi para Operador de Telemarketing Ativo e Receptivo, de R$ 844,93. Ao todo, 35 pessoas foram contratadas na cidade neste ano com esse salário. 

 


Foto: Pixabay

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