Ribeirão Preto tem queda de 38% na geração de empregos formais em 2019
Dados do Caged mostram que foram 1.316 vagas no primeiro trimestre deste ano, resultado inferior a 2018
A geração de empregos em Ribeirão Preto fechou o primeiro trimestre deste ano com resultado abaixo do obtido no mesmo período de 2018, o que mostra dificuldade na recuperação econômica na criação de vagas formais na cidade.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram 1.316 postos de trabalho gerados entre os meses de janeiro e março deste ano, com 25.875 contratações e 24.559 demissões. No mesmo período de 2018, o saldo de empregos formais foi de 2.122. Portanto, uma queda de 38% na movimentação do mercado formal.
Dos oito setores econômicos considerados no levantamento, três encerraram o primeiro trimestre com mais demissões do que contratações na cidade: administração pública, serviços industriais de utilidade pública e comércio. Um dos principais setores da economia local, o comércio teve um saldo de 551 vagas fechadas nos três primeiros meses do ano, com 6.721 contratações só que 7.272 demissões. “O varejo é o segmento final da cadeia produtiva, onde o chamado consumidor final irá adquirir os produtos para sua própria utilização, não visa revenda e nem transformação. Com um universo de 13,1 milhões de desempregados por todo o País, torna-se cada vez mais difícil observar uma reação da economia vinda do varejo”, comentou o economista Marcelo Bosi Rodrigues, do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão (SIncovarp), em pesquisa da instituição divulgada nesta semana.
De acordo com o estudo Movimento do Comércio, lojistas registraram três meses de quedas consecutivas nas vendas neste ano. “Neste cenário, a incerteza é o grande fator de engessamento. O dinheiro está curto, e ficará mais ainda se a economia continuar parada”, afirmou Rodrigues.
Já entre os setores que mais geraram empregos neste ano em Ribeirão Preto, destaca-se o setor de serviços, com saldo de 1.635 vagas no primeiro trimestre. É o setor que mais movimenta o mercado de emprego formal na cidade atualmente, neste ano, foram 14.784 contratações e 13.149 demissões. A indústria teve o segundo melhor resultado, com 154 vagas criadas.
Foto: Arquivo Agência Brasil
