
Ribeirãopretanos atingem marca de R$ 500 milhões pagos em impostos
Número foi registrado neste final de semana pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo
Os ribeirãopretanos alcançaram a marca de R$ 500 milhões em impostos pagos, de acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. O patamar foi atingido neste final de semana, quase um mês antes do que no ano de 2016, o que pode representar uma melhora na economia do País, mas também pode ter outra explicação.
O dinheiro está valendo menos, em razão dos índices inflacionários registrados nos últimos anos – o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE acumulado desde o início de 2016 é de 8%, sendo que no primeiro semestre de 2017 está em 1,1%.
O economista da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) Gabriel Couto explica que o mero aumento da arrecadação de impostos não reflete apenas um reaquecimento do mercado, já que as pessoas poderiam estar consumindo mais, e sim reverberam a inflação, cujo resultado é um dinheiro que vale menos.
“Tem um pouco da recuperação, mas tem que levar em conta a inflação, o que quer dizer que o dinheiro está valendo menos. A recuperação da economia foi adiada um pouco em razão dos problemas políticos”, afirma o economista, que explica que o “adiamento” da recuperação econômica está refletido no mercado que ainda gera poucos empregos, o que é fundamental para que as pessoas voltem a consumir e façam o mercado girar – em junho, Ribeirão fechou mais de 300 postos de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Ele ainda diz que os indicadores de confiança de investimentos na economia tiveram uma ligeira piora após as delações contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), embora não tenha sido tão ruim quanto a expectativa.
“Embora essa reação tenha sido até tímida pelo grau de incerteza que estamos passando. Isso é motivado pela capacidade que o governo apresentou para aprovar as reformas que se propôs, e isso segura a confiança dos principais agentes do mercado”, concluiu Couto, que diz que a melhora na economia teve um “ligeiro adiamento”.
Entre os produtos com maior carga tributária estão:
- Gasolina 56%;
- Cosméticos 55%;
- Cremes de beleza e creme de barbear 57%;
- Maquiagem nacional 51% e importada 69%
- Perfume nacional 69% e importado 79%;
- Biscoito 37%;
- Achocolatados 38%;
- Amido de milho 34%;
- Enlatados 36%;
- Cerveja 55%;
- Refrigerante 47%.
Foto: Agência Brasil