Ribeirãopretanos demonstraram maior otimismo com o futuro da economia
Em agosto, ribeirãopretanos demonstraram maior otimismo com o futuro da economia

Ribeirãopretanos demonstraram maior otimismo com o futuro da economia

Pesquisa de Intenção de Compras da Acirp apresenta aumento de 18,3 pontos - o maior da história; mas economista alerta que situação econômica das famílias é crítica

A pesquisa de Intenção de Compra dos Consumidores (PICC) revela que aumentou em 18,3 pontos a intenção de compra dos ribeirãopretanos para os próximos três meses, de acordo com o levantamento da Associação Comercial e Industrial. Este foi o maior crescimento interanual deste índice desde o início da série, em novembro de 2009, que passou de 41,7 pontos em agosto de 2015, para 59 pontos em agosto deste ano.

Entretanto, o economista responsável pelo estudo, Gabriel Couto, alerta que este resultado é influenciado pela fraqueza do índice em 2015, já que naquela ocasião, o dado de agosto havia sido o pior já registrado, mas também aponta um início de recuperação da confiança dos consumidores. Para a pesquisa, foram entrevistadas 658 pessoas, o nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,8%.

Outro destaque do levantamento é a perspectiva sobre as condições financeiras da família da cada pessoa para os próximos seis meses, que mostrou que apenas 8,6% consideram que estarão piores do que agora – há um ano eram 15% -, enquanto 46,6% espera que melhorará – em 2015 eram 31,1 os otimistas.

Couto aponta que a situação econômica das famílias em Ribeirão Preto ainda é crítica, e que apenas está se recuperando de forma gradual da queda brusca apresentada no ano passado, e que por isso tem que transpassar alguns obstáculos, como a diminuição nas demissões – este ano, 1,7 mil postos de trabalho foram extintos no município, de acordo com o Ministério do Trabalho.

“Deve-se ressaltar que o mau momento do mercado de trabalho segue sendo a principal barreira a uma melhora consistente do consumo. Uma retomada do emprego é condição necessária para que a melhora das expectativas dos consumidores se converta em consumo de fato”, analisou.


Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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